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“Deixo a Câmara com a paz”, diz Deltan Dallagnol após cassação

Ex-procurador da Lava Jato diz que foi cassado sem ter cometido crime.

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Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução/Twitter)

Após a confirmação da cassação de seu mandato pela Câmara dos Deputados, o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) declarou que a Mesa da Casa se “curvou” diante da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou seu mandato em 16 de maio deste ano.

“Vou lutar até o fim pelos 345 mil eleitores. Não farei isso por um cargo ou mandato, mas por todas aquelas pessoas que saíram de suas casas com um título de eleitor nas mãos para depositar nas urnas o voto. Deixo a Câmara com a paz de quem honrou os seus eleitores. Não fui cassado por cometer crimes ou por aceitar um triplex em troca de favores. Fui cassado pelo que fiz dentro do Ministério Público, por ousar colocar corruptos na cadeia”, disse.

O TSE entendeu que Dallagnol tentou contornar a Justiça ao deixar o Ministério Público enquanto respondia a processos administrativos que poderiam resultar em condenação, tornando-se assim inelegível.

No TSE, a votação contra o deputado durou cerca de um minuto. Apenas o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, explicou seu voto, sendo seguido pelos demais.

No entanto, Deltan Dallagnol negou que estivesse respondendo a processos administrativos durante o período eleitoral. Na prática, a decisão da Câmara não avaliou o mérito, pois a Justiça Eleitoral decretou a cassação primeiro.

“Sou cassado pelas mãos de um ministro que foi delatado no TSE e a partir das mãos de um deputado acusado nesta Casa”, concluiu Dallagnol. “A cassação do meu mandato não anula o sonho de milhões de brasileiros.”

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