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Cristão de 18 anos acusado de blasfêmia é liberto sob fiança no Paquistão

A libertação de Ghauri ocorreu em meio a preocupações contínuas sobre a segurança dos cristãos.

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Ashbeel Ghauri (Foto: Reprodução/Morning Star News)

Um jovem cristão de 18 anos acusado de blasfêmia foi libertado sob fiança na quinta-feira (14), no Paquistão, após uma semana de confinamento solitário. Ashbeel Ghauri foi preso em 6 de março depois que um ex-colega de classe o acusou de blasfêmia por meio de um grupo de discussão no WhatsApp em janeiro. Ele foi acusado de acordo com a Seção 295-A dos estatutos de blasfêmia do Paquistão, que trata de ferir sentimentos religiosos, passível de até 10 anos de prisão ou multa, ou ambos.

Ghauri, que nasceu em uma família cristã, ficou afastado da fé após a destruição das Bíblias durante a Revolução Cultural na década de 1966. Ele foi levado à prisão preventiva no dia seguinte à sua prisão. Durante esse período, Ghauri passou a maior parte do tempo estudando a Bíblia e outras literaturas religiosas, bem como orando. Ele expressou que sua fé cristã o sustentou durante esse período difícil.

O jovem cristão explicou que as acusações de blasfêmia surgiram após discussões em um grupo de WhatsApp, onde ele fez perguntas que antagonizaram os participantes muçulmanos. Ele também compartilhou que, embora sua estadia na prisão tenha sido solitária, ele se sentiu fortalecido pela leitura da Bíblia e pelas orações.

Após sua libertação, Ghauri expressou sua gratidão pela oportunidade de reunir sua família e continuar sua jornada de fé. Ele também enfatizou que o tempo na prisão fortaleceu sua fé em Cristo.

A família de Ghauri enfrentou preocupações de segurança durante o processo legal, e embora tenham mantido sua fé de que Deus protegerá Ashbeel, eles ainda estavam apreensivos quanto ao resultado. O advogado da família, Nadeem Hassan, explicou que o julgamento começará assim que a polícia apresentar a acusação completa ao tribunal, mas ainda não se sabe quanto tempo levará para que Ashbeel seja absolvido.

A libertação de Ghauri ocorreu em meio a preocupações contínuas sobre a segurança dos cristãos no Paquistão, onde acusações de blasfêmia são frequentemente usadas para perseguir minorias religiosas. O país ficou em sétimo lugar na lista mundial de observação da Open Doors de 2024 dos lugares mais difíceis para ser cristão.

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