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Crianças chinesas são forçadas a negar sua fé
Escolas obrigam alunos cristãos a se declararem “sem religião” durante preenchimento de formulários
Mais de 300 crianças cristãs que estudam em duas escolas, na província de Zhejiang, na China, tiveram que preencher um formulário negando sua fé cristã. Na primeira escola, onde há cerca de 200 estudantes cristãos, a professora exigiu que eles reescrevessem suas respostas, afirmando que não tinham “nenhuma religião”.
Na outra escola, que tem cerca de 100 crianças, foi o coordenador da sala que forçou os cristãos a responder que não tinham nenhuma fé.
“É normal que as escolas peçam aos pais para preencher fichas onde constam perguntas sobre a fé da família quando a matrícula é feita pela primeira vez, e isso nunca foi um problema”, explicou o colaborador.
Mas, segundo ele, tudo indica que os formulários distribuídos aos alunos fazem parte de um plano para identificar os estudantes cristãos e pressioná-los.
Ideologia comunista
As escolas na China são controladas pelo governo e financiadas por ele, portanto, sendo comunista por ideologia as crianças cristãs, às vezes, enfrentam situações desagradáveis.
Por exemplo, a Liga da Juventude Comunista oferece várias regalias para os jovens, mas os cristãos são impedidos de participar. Outra forma de constranger cristãos é separando-os dos outros alunos como forma de testemunhar sobre as “consequências” de se declarar cristão dentro da escola.
Além disso, caso insistam em declarar sua fé, podem ser impedidos de receber o certificado de conclusão do curso, sendo assim não poderiam frequentar uma universidade. Esse tipo de procedimento no ambiente escolar é uma tentativa de frear o crescimento do cristianismo entre os jovens chineses.
Ataque à liberdade de religião
No início deste ano, o governo chinês fez uma revisão dos regulamentos sobre religião e incluiu a proibição para menores de 18 anos de frequentarem a igreja ou de receberem qualquer tipo de instrução religiosa.
Em agosto, centenas de líderes cristãos assinaram uma petição para que o governo pare com suas “ações violentas” contra cristãos. Eles citaram a retirada de cruzes dos templos e também de objetos que simbolizam a fé cristã, tanto das igrejas quanto das casas dos fieis.
Na petição, eles ainda citaram que essas exigências eram injustas, além de expressarem “abuso de poder” por parte do governo. Eles também registraram que os líderes estão infringindo a liberdade de religião no país. Com informações World Watch Monitor
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