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China financia rede global para propagar comunismo no mundo

O estudo revela que mais de 100 sites analisados não eram independentes.

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Congresso comunista da China (Foto: Gary Stock Bridge/Wikimedia Commons)

Um estudo do Citizen Lab, centro de pesquisa da Universidade de Toronto, revelou uma rede de mais de 100 sites de notícias locais, espalhados por 30 países, incluindo o Brasil, operada a partir da China. Esses sites foram usados para disseminar desinformação e ataques pessoais contra opositores do regime comunista de Pequim.

O estudo, intitulado “Paperwall: sites chineses que se passam por mídia local visam públicos globais com conteúdo pró-Pequim”, expõe como essa campanha utiliza técnicas de engenharia social e manipulação de conteúdo para influenciar a opinião pública em temas sensíveis para o regime chinês, como a origem da Covid-19, a situação de Hong Kong e Taiwan, e críticas ao Partido Comunista.

Esses sites não são registrados como veículos de comunicação legítimos, como descoberto na Itália, por exemplo, após uma matéria do jornal Il Foglio revelar a existência de seis sites de notícias locais usados para disseminar propaganda chinesa. Na Coreia do Sul, um relatório do governo identificou 18 sites envolvidos na promoção de propaganda pró-Pequim.

O estudo revela que mais de 100 sites analisados não eram independentes, mas controlados por uma empresa de relações públicas sediada em Shenzhen, China, conhecida como Haimai. Essa empresa oferece serviços de distribuição de conteúdo promocional em vários idiomas, incluindo o português.

Os sites da rede Paperwall publicavam uma mistura de conteúdo copiado de fontes legítimas locais com comunicados de imprensa comerciais e conteúdo político alinhado com as visões de Pequim, incluindo ataques pessoais contra opositores do comunismo chinês, como o virologista Li-Meng Yan e Li Hongzhi, fundador do Falun Gong.

No Brasil, sete desses sites estavam hospedados localmente, com nomes genéricos como brasilindustry.com ou goiasmine.com. Todos esses sites estão atualmente fora de rede, e recomenda-se evitar acessá-los devido ao risco de vírus.

O pesquisador Alberto Fittarelli alertou para o crescimento da indústria de desinformação por encomenda, ressaltando a importância de identificar e interromper essas operações para combater a manipulação da opinião pública em todo o mundo.

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