política
“Armadilha da esquerda”, pontua Bolsonaro sobre 8 de janeiro
Bolsonaro disse que, historicamente, os alvos de golpe foram os chefes de Estado.
Enquanto a ultra-esquerda tenta emplacar a narrativa de suposto golpe no dia 8 de janeiro do ano passado, ignorando que o atual presidente esteve preso e inelegível, mas foi solto por manobra do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro avalia que o acontecido foi “armadilha da esquerda”.
O ex-presidente afirmou que os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram “uma armadilha da esquerda”, em declaração neste sábado, 6, em entrevista à CNN Brasil.
“Infelizmente, não foi para frente a investigação”, disse Bolsonaro. “Não é do pessoal que nos segue, que nos acompanha, pessoal bolsonarista, pessoas de direita, pessoal conservador fazer isso aí.”
Na avaliação do ex-presidente a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro teve resultado nulo. “Nem o próprio general G. Dias fez parte do corpo final da CPMI”, lembrou. “A CPMI não serviu para absolutamente quase nada. Lamentável.”
Bolsonaro disse que, ainda no fim de 2023, recebeu informações de interlocutores sobre o protesto em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Conforme o ex-presidente, havia menos de 300 pessoas nos acampamentos, na antevéspera da manifestação. Esse número chama atenção, visto que o Exército, a Polícia Militar e o Supremo Tribunal Federal (STF) agiram para prender e manter em cárcere mais de mil cidadãos.
Na entrevista à CNN, realizada em 5 de janeiro, o ex-presidente condenou a atitude dos vândalos que depredaram as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Também comentou as prisões dos manifestantes. Rechaçou, contudo, a hipótese de tentativa de golpe.
“Para haver a tentativa de golpe, tinha de ter uma pessoa à frente”, argumentou Bolsonaro. “Tudo que foi apurado não levantou nome algum. São suposições. Quem vai dar golpe com velhinhos, com pessoas idosas com a Bíblia debaixo do braço, com a bandeira na outra mão, com pessoas do povo, com vendedor de algodão-doce, com motorista de Uber, com menor de idade, com criança? Quem vai dar um golpe nesse sentido? E outra: foi em um domingo.”
Bolsonaro disse que, historicamente, os alvos de golpe foram os chefes de Estado. “Não é contra um ministro do Supremo, presidente da Câmara ou do Senado”, acrescentou, ao lembrar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, havia seguido para Araraquara na manhã de 8 de janeiro de 2023. “Avisado por alguém do problema que iria ocorrer”, observou.
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