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sociedade

Agência de viagens dá golpe de mais de meio milhão de reais em igrejas

Cada cristãos foi lesado em 10 mil reais por estelionatário que vendem pacote de Caravana inexistente

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A 4ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o sócio majoritário e administrador da GolfoRio Viagens e Turismo LTDA, José Cláudio Figueiredo Costa, por 23 crimes de estelionato.  A sede da agência de turismo fica no centro de Niterói.

O MPRJ acredita que ele obteve um lucro ilícito de aproximadamente R$ 230 mil. De acordo com a denúncia, assinada pelo promotor Cláudio Calo, “a prova oral produzida descreveu ainda que há dezenas de outros lesados e pelo menos mais 43 que caíram no mesmo “golpe”. Estima-se, portanto, que José Cláudio chegou a obter, indevidamente, “cerca de R$ 660 mil em prejuízo de diversos fiéis, inclusive aposentados”.

José Cláudio vendeu 66 pacotes da viagem de 24 dias para membros de diferentes igrejas. As viagens agenciadas por ele passariam por Grécia, Egito, Israel e Turquia, fazendo conexão em Paris. O pacote turístico tinha finalidade religiosa e recebia o nome de “Caravana à Terra Santa”. A Caravana seria liderada por um pastor batista, que não teve seu nome divulgado e também foi lesado.

A GolfoRio vendeu pacotes para dezenas de religiosos, afirma o texto da denúncia. Cada cliente pagou, na época, US$ 3.672 (aproximadamente R$ 10 mil). A viagem seria realizada de 4 a 28 de janeiro de 2011. Contudo, após receber o dinheiro, José Cláudio cancelou a viagem no dia 3 sem devolver os valores.

Os consumidores que adquiriram o pacote turístico teriam direito à passagem aérea pela empresa Air France, hospedagem em hotéis de categoria “superior” com  meia pensão, ingressos para os locais de visitação, transporte em ônibus especial climatizado, um guia em português e o seguro básico de viagem internacional.

José Cláudio já responde por outros crimes no 3º Distrito Policial de Campos Elíseos, São Paulo. Há informações de que praticou golpes similares nos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. A pena máxima para cada crime de estelionato é de cinco anos.

Com informações do MP RJ

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