educação financeira

Planeje já os 366 dias de 2016

Quando o seu dinheiro acaba antes do final do mês, é sinal de que você gastou mais do que poderia.

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Com a chegada do fim do ano, uma boa dica para quem está engajado na prática do controle financeiro é prever todas as datas festivas do ano e projetar os gastos extras que geralmente se tem em cada uma delas.

Fazendo uma lista dos doze meses do ano, facilmente identificamos épocas em que acabamos por ter despesas extras que, se não forem previstas antecipadamente, poderão fazer um estrago no nosso orçamento.

Vejamos algumas delas: janeiro, férias escolares; fevereiro, Carnaval; março, voltas às aulas; abril, Páscoa; maio, dia das mães; junho, dia dos namorados; julho, férias escolares; agosto, dia dos pais; outubro, dia das crianças; dezembro, Natal e Ano-novo.

Como podemos perceber, em quase todos os meses do ano há motivos para que tenhamos mais despesas, além das nossas habituais. Elas devem ser contabilizadas dentro do seu orçamento, constando como um débito o qual você se programará.

A mesma coisa pode ser feita no que se refere às datas de aniversário de amigos e parentes mais próximos, aqueles para os quais costumamos dar presentes. Esse é também um foco de despesas extras que as pessoas não costumam prever no orçamento, e acabam por efetuar compras com a argumentação de que não tem outro jeito.

Também chamo aqui a atenção para os gastos com obrigações anuais, como: IPVA, seguro e licenciamento de veículo, seguro de vida, IPTU, imposto de renda, entre outros.

Portanto, crie o hábito de administrar as suas finanças olhando também para os gastos extras, esses que costumamos não contabilizar, pois muitas vezes eles podem estar minando as suas tentativas de poupar dinheiro.

Nas minhas escutas, tenho percebido algo muito interessante, e não é de hoje: a maior parte das pessoas, por incrível que pareça, não sabe ler o seu extrato bancário. Elas se confundem e não entendem muito bem o que está descrito nele. Os bancos podem e devem ser nossos aliados e não inimigos. Foi por conta de aplicações bancárias que pude alcançar minha independência financeira ao completar 37 anos. Nesses mais de 15 anos de independência financeira, posso afirmar que é preciso saber aproveitar o lado bom de tudo aquilo que está ao nosso redor, por isso é preciso valorizar cada centavo ganho e gasto, e isso também vale para as tarifas bancárias.

Ler um extrato bancário e até mesmo entender o que ali se encontra é extremamente importante. A expressão “limite disponível para saque”, por exemplo, pode confundir algumas pessoas, levando-as a acreditar que aquele valor pertence a elas, quando, na verdade, somente parte da quantia citada é realmente de propriedade do correntista; o restante pertence à instituição financeira que lhe concedeu esse crédito. Para que esses equívocos não aconteçam, é preciso ficar atento e sempre procurar pelo “limite disponível para investimento”. Esse termo é o que corresponde ao seu dinheiro real que está, como a própria expressão afirma, disponível para que você invista, seja no pagamento das suas dívidas de valor, na compra de algum bem essencial, em algum presente que você queira dar a si mesmo ou a alguém, entre outras opções.

Por isso, daqui pra frente, leia o seu extrato bancário com calma e compreenda o que está sendo informado ali. Se achar necessário, imprima-o uma vez por semana e anote em azul “meu dinheiro”, onde consta o seu saldo real, não se esquecendo de escrever em vermelho “dinheiro do banco” ao lado do valor que corresponde ao limite do cheque especial.

Por mais tentador que seja, é vital que você entenda que não pode usar o limite disponível na sua conta bancária como se fosse uma renda extra no seu orçamento. Muitas pessoas caem nessa cilada, desesperadas por cobrir as últimas despesas de determinado período, quando o dinheiro de verdade já acabou e o mês ainda não.

Quando o seu dinheiro acaba antes do final do mês, é sinal de que você gastou mais do que poderia. Portanto, muito cuidado nesse período, pois ao ver o extrato bancário, o seu inconsciente poderá enganá-lo e fazer com que seus olhos brilhem mirando o tal “limite disponível”, que, como já vimos, trata-se de um terreno perigoso e funciona como uma areia movediça: você entra e, aos poucos, é tomado por ela.

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