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Este texto bíblico não é socialista

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De uma vez por todas – a Bíblia não apóia o socialismo.

Eu era adolescente no hoje chamado ensino médio quando ouvi pela primeira vez meu professor comunista citando a Bíblia para nos doutrinar. Era o famoso texto de Atos 2.44, 45:

Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

Este texto nos lábios de um comunista vale tanto quanto as palavras do Salmo 91 na boca de Satanás durante a tentação de Cristo. Não passa de um texto fora de seu contexto para defender um pretexto. A cosmovisão marxista não é apenas diferente daquela que encontramos nas Escrituras, é inimiga declarada. Apontar este texto para dizer que a Bíblia defende o socialismo não passa de mera ingenuidade por parte de alguns e astúcia pura por parte de outros.

Por que este texto não é socialista?

  • Esta ação foi feita por pessoas que temiam a Deus, o que não é o caso do socialismo, com suas bases ateístas e materialistas
  • Eles fizeram voluntariamente, não à força das armas do Estado como defendeu Marx em seu Manifesto Comunista.
  • O governo romano nada teve a ver com esta ação. Os cristãos não consideravam o Estadoredentor”. Eles sabiam que amor ao próximo, solidariedade e comunhão são valores individuais. Não produtos da coerção estatal.

Dizer, por causa deste texto, que a Bíblia defende o comunismo é o mesmo que dizer que ela justifica os homens-bomba porque afirma que há um só Deus. Os marxistas que ousam usar este texto sabem que a totalidade de sua ideologia se opõe completamente aos ensinos do cristianismo e da Bíblia. Seu propósito é enganar, não esclarecer.

Chega de mentira, chega de enganação. Esse texto de modo algum justifica o socialismo. E nenhum outro texto das Escrituras o defende. Que os esquerdistas parem de querer associar um texto sacro com uma ideologia ateísta, materialista e assassina que se opôs fortemente ao cristianismo. Isso é enganação e mentira. O socialismo nada tem a ver com amor ao próximo. Tem a ver com centralização de poder e isto sua teoria e sua história atestam muito bem.

Conta-se que em certa ocasião Marx entrou com um amigo, Le Moussu, em um empreendimento capitalista. Brigaram. E para tentar evitar um conflito judicial procuraram a ajuda do advogado Frederic Harisson. Sobre esse episódio Harisson narrou a atitude patética de ambos:

“Antes de eles apresentarem provas eu exigi nos termos da lei que eles jurassem sobre a Bíblia, como a lei exigia para testemunho legal. Isto horrorizou os dois. Karl Marx protestou que Le nunca se degradaria tanto. Le Moussu disse que jamais algum homem o acusaria de tal ato de vileza. Durante meia hora eles argumentaram e protestaram, cada um se recusando a jurar por primeiro na presença do outro. Finalmente consegui um compromisso de que o testemunho seria “tocar o livro” sem pronunciar nenhuma palavra. Ambos me pareceram fugir da contaminação do toque no sagrado volume, mais do que Mefistófeles [o diabo] na Ópera foge da cruz”[1] (grifo e colchetes meus)

Se você deseja acreditar nas ilusões de Marx, nossa sociedade “burguesa” garante a você esse direito. No entanto, seja coerente nesse ponto como fez Karl Marx. Não toque na Bíblia. Ela não aprova de modo algum sua escolha. Ela não quer ser tocada ou manuseada por pessoas que são inimigas de sua verdadeira mensagem. Marxismo e cristianismo são mutuamente excludentes. Quem conhece realmente a ambos sabe muito bem disso.

[1] MCLELLAN, David. Karl Marx, vida e obra. Petrópolis: Vozes, 1990, p. 439

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