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Enfermeira cristã acusada de blasfêmia é amarrada e espancada no Paquistão

Insultar o Islã ou Maomé pode levar a pena de morte.

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Mulheres paquistanesas no culto (Foto: Reprodução/YouTube)

Uma enfermeira cristã foi falsamente acusada de blasfêmia por um colega de trabalho muçulman no Paquistão, sendo obrigada a se esconder com a família depois de ter sido amarrada e espancada. Tabitha Nazir Gill tem 30 anos de idade e trabalha há 9 anos no Hospital Maternity Sobhraj, cidade de Karach.

De acordo com o Christian Concern, um colega de trabalho muçulmano que não foi identificado teria feito a acusação após uma disputa pessoal sobre o recebimento e gorjetas em dinheiro de pacientes do hospital.

No relatório da organização, a enfermeira-chefe do hospital teria instruído a equipe médica a não receber gorjetas, mas Gill teria visto que o colega ainda recebia dinheiro.

Diante da discussão, o colega acusou falsamente a enfermeira de cometer blasfêmia, sendo imediatamente espancada pela equipe do hospital, depois de ser amarrada com cordas e trancafiada em um quarto até a chegada da polícia.

A enfermeira foi levada em custódia pela polícia, liberada depois que os investigadores não encontraram nenhuma evidência contra ela. Mas a polícia ainda assim abriu acusações contra Gill, o que levou ela e sua família a fugirem da cidade.

Ainda de acordo com a fonte ouvida pela organização, a polícia forneceu proteção a Gill e tentou resolver o problema de forma amigável, mas o risco para a família levou a enfermeira a fugir.

“No entanto, uma multidão de centenas de muçulmanos se reuniu na delegacia local para forçar a polícia a registrar uma FIR [queixa formal] contra Gill”, disse a fonte à Christian Concern.

No Paquistão, a blasfêmia, que é insultar o Islã ou Maomé, é um crime que pode ser punido com pena de prisão ou mesmo de morte.

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