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Vaticano renova acordo com a China mesmo diante de perseguição religiosa

Acordo religioso com um país comunista que vem oprimindo cada vez mais os cristãos gera polêmica.

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Papa Francisco. (Reprodução / Youtube)

Na quinta-feira (22), a Santa Sé e o Ministério das Relações Exteriores da China anunciaram a renovação de um acordo firmado em 2018, por mais dois anos. O acordo permite que a Igreja Católica possa nomear sacerdotes para o país.

O acordo controverso do Vaticano com o país comunista está atraindo críticas de grupos de direitos humanos, já que eles vêm alertando sobre como o acordo vai prejudicar ainda mais a liberdade religiosa no país comunista.

Um acordo provisório já havia sido assinado em Pequim no dia 22 de setembro de 2018. Como a data para que o acordo expirasse estava se aproximando, as duas partes começaram a negociar sua renovação, chegando por fim a decisão de prorrogar por mais dois anos, até dia 22 de outubro de 2022.

Os detalhes do acordo são desconhecidos, sabe-se que o governo chinês agora tem permissão para propor novos bispos ao Vaticano por meio de sua Associação Católica Patriótica Chinesa, aprovada pelo Estado e com o papa tendo poder ao veto da decisão.

Dessa forma, o Vaticano reconhece a legitimidade dos bispos anteriormente indicados pelo governo chinês, que foram excomungados pela Igreja Católica.

O Vaticano disse em um comunicado que considera a ação positiva, alegando que pretende prosseguir com uma boa comunicação e diálogo para que beneficie a Igreja Católica e o povo chinês. Eles esperam promover a união de cerca de 10 milhões a 12 milhões de católicos na China.

No entanto, ativistas argumentaram que o Vaticano legitimou a China em um momento em que continua a perseguir e oprimir as minorias religiosas.

Notícias sobre o governo da China impondo as comunidades religiosas a obrigação de louvar o governo e falar bem do seu presidente Xi Jinping estão circulando na internet. Não é novidade que o país comunista sofre com as perseguições religiosas e é contra a liberdade do seu povo.

Depois da retomada da pandemia, podemos observar uma constante perseguição religiosa na China, o que nos faz indagar a atitude do vaticano em prosseguir com o acordo diante de todos os recentes acontecimentos.

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