Siga-nos!

mundo

Turquia se retira de tratado internacional sobre violência contra as mulheres

Os radicais islâmicos dizem que o acordo desestrutura a família na sociedade turca.

em

Recep Tayyip Erdogan
Recep Tayyip Erdogan (Foto: Reprodução/Presidência da Turquia)

A Turquia se retirou nesta quinta-feira (1) oficialmente de um tratado internacional que visa prevenir a violência contra as mulheres, alegando que ela drena todas as estruturas familiares do país.

Em março, o ditador Recep Tayyip Erdogan já havia retirado o primeiro tratado para prevenir e combater a violência contra as mulheres, conhecido como Convenção de Istambul.

A convenção também é vista por muitos como uma promoção da homossexualidade por defender a não discriminação com base na orientação sexual.

Do mesmo modo os conservadores e o Partido AK, de Erdogan, de raízes islâmicas, dizem que o pacto que protege as mulheres enfraquece a estrutura da família na sociedade.

Pra justificar a decisão, o assessor de imprensa do governo, Fahrettin Altun, disse que as referencias do tratado sobre os abusos de gênero, estavam tentando normalizar a homossexualidade e que o movimento LGBTQ não condiz com os valores sociais e familiares da Turquia.

Apesar da homossexualidade ser legal na Turquia desde o Império Otomano.

Milhares protestaram contra a decisão

O pacto de 2011, que foi assinado por 45 países da União Europeia (UE) exige que os governos adotem leis para criminalizar o estupro conjugal e a mutilação da genital feminina.

Nesta terça-feira, o gabinete de Erdogan comunicou o tribunal administrativo que a retirada da Turquia da convenção não acarretará nenhuma falha legal ou prática na prevenção da violência contra as mulheres.

Milhares de pessoas protestaram contra essa decisão e pediram um recurso judicial para interromper a retirada do país do tratado, foi reiterado esta semana.

Na última quarta-feira (30), a presidente da Federação das Associações de Mulheres da Turquia, Canan Gullu, disse que o país está “dando um tiro no próprio pé”, e que vão continuar a luta, informou o Mail Online.

Trending