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estudos bíblicos

Entenda o significado e o propósito do holocausto na Bíblia

Estudo bíblico sobre a prática do holocausto, seu propósito e sua ligação com o sacrifício de Cristo.

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Altar do Holocausto. (Foto: Reprodução)

Jesus, o holocausto perfeito

O cordeiro de Deus

Uma das mais vibrantes declarações bíblicas sobre a pessoa de Jesus foi feita pelo seu precursor João Batista: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Não mais um holocausto oferecido pelos patriarcas ou sacerdotes, mas o cordeiro oferecido pelo próprio Deus, e não mais para afastar a culpa e a condenação somente, mas para purificar-nos interiormente, reconciliar-nos com Deus e fazer-nos herdeiros dos céus! Pois somente o seu sangue é que “nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).

Transferência de culpa e justiça

Havia um ato especial antes da degola do animal a ser oferecido no sacrifício do holocausto: o ofertante deveria impor a mão sobre a cabeça do animal (Lv 1.4), o que representava transferência de culpa para o animal. Era um ato simbólico por meio do qual o ofertante se reconhecia um pecador e digno de morte, mas que naquele momento o animal inocente sofreria a pena em seu lugar a fim de o pecador tornar-se propício diante de Deus.

Que melhor gesto poderia tipificar a culpa dos nossos pecados que foi imputada sobre Cristo naquela horrenda cruz e, ao mesmo tempo, a justiça daquele Inocente que foi imputada sobre nós? O profeta Isaías ensina-nos que “ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas feridas fomos sarados” (Is 53.5).

Na cruz Cristo recebeu a nossa culpa; na cruz nós recebemos a justiça de Cristo. Na cruz ele foi feito pecado por nós; na cruz ele nos fez justiça de Deus. A declaração paulina é profunda nesse sentido: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).

O último holocausto

O holocausto ou oferta queimada simbolizava a obediência passiva de Cristo e sua submissão à penalidade requerida pelo pecado do homem. Além disso, fazia referência à perfeita obediência de Cristo à lei de Deus, pela qual Ele fez por nós aquilo que jamais poderíamos fazer. Ele cumpriu “toda a justiça” de Deus (Mt 3.15) e, por causa disso, pode na cruz exclamar: “Está consumado!” (Jo 19.30), isto é, tudo está feito por completo.

Mentiroso é qualquer um que disser que veio para “completar” a obra de Cristo, ou que seu sangue não é eficaz para salvar pecadores, ou que outros sacrifícios precisam ser feitos hoje para salvação. Seja anátema tal evangelho mentiroso, que vai além do que nos foi anunciado pelos apóstolos do Senhor! (Gl 1.8,9).

Jesus foi o sacrifício completo, perfeito e irretocável,
suficiente para salvação de todos os que se achegarem a ele com fé.

Conclusão

Manifestemos ao Senhor toda nossa gratidão por seu imensurável amor e graça manifestos na pessoa bendita de Jesus. Àquele que como “cordeiro mudo” padeceu os horrores do calvário, tributemos louvores para sempre, pela salvação que ele nos deu quando na cruz riscou a cédula de morte que era contrária a nós (Cl 2.14), resgatou-nos do império da morte (Hb 2.14,15) e nos deu vida eterna! Sim, ao Cordeiro que foi morto, reviveu e agora vive para sempre (Ap 1.18), louvemos sem cessar.

Sola Gratia! Solus Christus!

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Referência

[1] e [2] R.T. Beckwith Novo Dicionário Teológico (Alexander & Rosner, orgs.), Vida, p. 1141

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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