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Show apresenta Jesus Cristo com “gênero neutro”, na Escócia

Grupo de ópera de universidade cria produção com Jesus não-binário.

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O grupo de ópera de Edinburgh University apresenta versão de Jesus Cristo não-binário (Foto: Reprodução/Edinburgh University Savoy Opera Group)

O Grupo de Ópera Savoy da Universidade de Edimburgo (EUSOG) está realizando a primeira produção de gênero neutro de “Jesus Cristo Superstar”. A ópera de rock, de Sir Andrew Lloyd Webber e Sir Tim Rice, reconta as últimas semanas de Jesus do ponto de vista de Judas Iscariotes.

Sendo assim, “Jesus Cristo Superstar” fez sua estreia na Broadway em 1971 e foi adaptado diversas vezes ao longo dos anos, incluindo uma produção de TV em 2018 estrelada por John Legend como Jesus Cristo e Sara Bareilles como Maria Madalena.

De acordo com a Fox News, nos últimos anos, as escolas têm ampliado os limites quando se trata de gênero e teoria do gênero, tanto no palco quanto na sala de aula.

Desta forma, a versão do EUSOG, que está em execução no Teatro Church Hill em Edimburgo esta semana, está totalmente licenciada em termos de gênero neutro, permitindo ao elenco retratar qualquer personagem apesar dos papéis tradicionais masculino e feminino.

Nesse sentido, na versão do grupo, Jesus é interpretado por um ator não binário, alguém que não se identifica como homem ou mulher, e Judas é interpretado por uma mulher. Os 12 apóstolos são interpretados por atores femininos ou não-binários.

“Estamos tirando criadores não binários e femininos das sombras e para os holofotes, proporcionando igualdade de oportunidades em todos os aspectos da produção”, disse o produtor Lew Forman.

Além disso, Roza Stevenson, que interpreta o papel de Jesus na produção, afirmou que criar o elenco “às cegas do gênero” ajuda na concentração de aspectos centrais dos personagens e, com a ajuda da equipe de produção, dá vida às personagens.

“Esta decisão foi a razão pela qual eu me candidatei a uma audição! Ser um ator não binário é uma direção estranha para se seguir. Ser capaz de fazer uma audição para um espetáculo onde minha apresentação de gênero não fez diferença derrubou nenhuma barreira”, apontou.

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