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estudos bíblicos

A rainha de Sabá e a busca pelo conhecimento

“E eu não cria naquelas palavras, até que vim e os meus olhos o viram; eis que não me disseram metade; sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que ouvi” (1 Reis 10:7)

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Rainha de Sabá é a protagonista da épica jornada de alguém que se empenhou muito –partindo do Iêmen, país situado ao extremo sul da Arábia Saudita, em direção a Israel – a ponto de deixar a sua marca na história, pelo esforço empreendido em buscar conhecimento. Dados os riscos que se corria, naquela época, em ausentar-se deixando um reino entregue às mãos de auxiliares e mais os perigos e o improvável que a aguardavam no caminho, não foi nem um pouco fácil a empreitada da rainha.

Talvez a maior dificuldade dela foi mesmo ausentar-se ou desprender-se da sua obrigação de rainha em busca de seu objetivo. Dá para afirmar que a sua inquietude ou sede por conhecimento, superaram a sua responsabilidade de soberana a ponto de não poderem manterem-na lá e a motivarem nessa jornada espetacular.

“E eu não cria naquelas palavras, até que vim e os meus olhos o viram; eis que não me disseram metade; sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que ouvi” (1 Reis 10:7). Esse texto é revelador, pois sugere que eram tantas as maravilhas contadas a respeito do reinado de Salomão que ela chega a duvidar se era verdade, muito embora aguçaram a sua curiosidade a ponto de empreender tamanha viagem. Curioso também é que dá para se ter uma ideia da intensidade do seu espanto diante da realidade que se depara, pois se ela não cria no que diziam, para surpresa sua, a realidade superou em muito os relatos aos quais ela julgava fantasiosos.

A meditação que fica dessa passagem é a viagem, ou jornada que ela empreende na busca pelo conhecimento. “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Romanos 15:4). Fica para nós, uma tipologia com aplicação prática, da dificuldade que é empreender a jornada pelo conhecimento nessa vida.

Todo aquele que decide por essa jornada, deve estar ciente que a empreitada é longa, muito longa, exige grande sacrifício, determinação e ainda a renúncia das facilidades que ficam para trás após tomada a decisão. Seja para aquele que pretende se envolver no ministério de ensino, seja aquele que tomou uma decisão individual, deveria desde cedo ser advertido sobre a longa distância a percorrer. Tal jornada não consiste em ler meia dúzia de livros “água com açúcar” e “descobrir” segredos nunca dantes revelados em blogs de disseminadores de heresias na internet.

O conhecimento verdadeiro e puro, que ouvimos falar, só teremos posse ao final da jornada quando estivermos junto dAquele que pela Sua palavra, “foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca” (Salmos 33:6).

Humildade é um ingrediente que não poderia faltar nessa jornada, pois, se você ficou sabendo de um lugar ou de alguém que tem muito conhecimento, é porque esse alguém o sabia antes de você, portanto, reconhecer o valor do outro é estar no caminho certo e sinal de que a sabedoria está sendo acrescentada. “Ainda que o Senhor é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe” (Salmos 138:6).

Muito embora a causa que motivou a viagem da rainha de Sabá não fosse a verdadeira fonte de sabedoria, a causa que nos motive a empreender todo esforço nessa vida, deve ser a verdadeira causa de todo conhecimento, aquele que não perece nem se desatualiza, mas permanece, a saber o conhecimento do Nosso Jesus Cristo.

Somos como peregrinos nessa terra e o destino da nossa jornada é estar um dia com Cristo e poder finalmente dizer como a rainha de Sabá, “não me disseram nem a metade”.

Aqui o texto (versão ACRF):

E ouvindo a rainha de Sabá a fama de Salomão, acerca do nome do SENHOR, veio prová-lo com questões difíceis. E chegou a Jerusalém com uma grande comitiva; com camelos carregados de especiarias, e muitíssimo ouro, e pedras preciosas; e foi a Salomão, e disse-lhe tudo quanto tinha no seu coração. E Salomão lhe deu resposta a todas as suas perguntas, nada houve que não lhe pudesse esclarecer.

Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, E a comida da sua mesa, e o assentar de seus servos, e o estar de seus criados, e as vestes deles, e os seus copeiros, e os holocaustos que ele oferecia na casa do Senhor, ficou fora de si. E disse ao rei: Era verdade a palavra que ouvi na minha terra, dos teus feitos e da tua sabedoria.

E eu não cria naquelas palavras, até que vim e os meus olhos o viram; eis que não me disseram metade; sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que ouvi. – 1 Reis 10:1-7

Formado em Letras (Literatura Inglesa e Portuguesa), pastor assembleiano, professor da EBD e de teologia, residindo em São José, SC.

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