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vida cristã

“Quem tem que se contextualizar é a gente”, alerta líder de jovens

Marcos Madaleno dá dicas sobre o comportamento ideal de quem tem ministério com jovens e adolescentes

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Douglas Gonçalves do ministério Jesus Copy, entrevistou um dos pastores de maior referência em liderança de jovens e adolescentes. Marcos Madaleno atua através do ministério Eleve, na Igreja da Cidade, em São José dos Campos (SP) e respondeu a diversas perguntas.

Uma delas é como lidar com o relacionamento desgastado com a liderança da igreja. Muitos líderes reclamam da “falta de visão” do pastor responsável. Entre as queixas estão as “ideias ultrapassadas”. O que fazer em casos como este?

Madaleno aponta para a necessidade de humildade, em primeiro lugar. “É preciso passar do nível da obediência pra um nível de honra e admiração e entender que o seu papel é ajudar a alcançar a visão que Deus deu pra ele (pastor) e isso requer muita humildade”, disse.

Depois deu exemplo de uma situação muito comum. “Quando as ideias não são aprovadas, muitos ficam revoltados, até saem da igreja ou ficam magoados com Jesus. Mas talvez a sua ideia não esteja pronta, talvez você não esteja pronto e, às vezes, não é pra ‘você’ fazer”, assevera.

Segundo o líder, tudo gira em torno de “ser humilde para trabalhar dentro da visão de outra pessoa”.

Culto de jovens

Qual deve ser o formato e qual a frequência de cultos para jovens? “Se você vai organizar um culto de jovens, faça algo com a cara deles, porque é o ‘culto deles’ e com a linguagem deles expressando o amor por Jesus”, ponderou.

Sobre a frequência, alertou que é bom ter uma periodicidade, porém, mais espaçadas no começo. “É melhor começar mensal e passar para semanal do que o contrário, senão dá aquela impressão de que não deu muito certo”, deixou a dica.

Limite da contextualização

Até que ponto é possível contextualizar os textos bíblicos? “Acho que o limite é: eu não posso sacramentar a contextualização. A questão da relevância não é mudar a base ou a essência, porque a Palavra já está pronta. Quem tem que se preparar é a gente; quem tem que se contextualizar é a gente”, explicou.

Com essa afirmação, o pastor quis dizer que o texto bíblico é fixo e não sofre grandes alterações com o tempo, mas “a linguagem” com que a mensagem é dada pode ser mais livre e mais solta quando se trata de jovens. Além disso, alertou que a contextualização precisa desafiar as pessoas a uma mudança de vida.

Fazer tudo com paixão

A liderança da agenda é importante para a produção de discípulos, mas para que ela funcione é necessário ter organização, maturidade e paixão. É na teoria dos 100% que o resultado do trabalho vem. “Se você está com a sua família, tem que ser cem por cento, se está no ministério também tem que ser cem por cento”, explicou.

O pastor aponta para uma vida mais cheia de compromissos quando se tem ministério com jovens. É necessário estar presente em eventos importantes como noivados e casamentos. “Só assim se produz frutos. Tem que ter intensidade, tem que ter sacrifício no altar pra ter fogo, unção e mover de Deus”, concluiu.

Assista!

Jornalista e pesquisadora apaixonada pela Bíblia. Desenvolveu um trabalho de "Jornalismo Investigativo Bíblico", é autora dos livros Derrubando Mitos e Apocalipse Investigado. Seus temas envolvem missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análises de textos bíblicos.

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