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Quem é Abdul Ghani Baradar, o líder do Talibã cotado para ser presidente

Baradar é um dos fundadores do Talibã que voltou ao Afeganistão.

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Abdul Ghani Baradar
Abdul Ghani Baradar (Foto: Reprodução/Twitter)

O mulá Abdul Ghani Baradar, um dos fundadores do Talibã voltou ao Afeganistão depois que o grupo conquistou Cabul. Baradar foi libertado há três anos de uma prisão do Paquistão a pedido dos EUA.

Atualmente, ele é a pessoa que mais aparece em público representando o grupo terrorista e tem grandes chances de ser anunciado como o próximo presidente afegão.

Baradar nasceu em 1968, na província de Uruzgan no Afeganistão e cresceu em Kandahar, lugar onde surgiu o Talibã. Nos anos 80 ele lutou contra a invasão soviética no país como parte dos mujahideen.

Assim, em 1994, durante uma guerra civil que sucedeu a retirada soviética, Baradar fundou o Talibã junto com seu cunhado Mohammed Omar. Quando o Talibã conquistou o poder ele se tornou o vice-ministro da Defesa, pois já era um importante estrategista militar no grupo.

A prisão e liberdade de Baradar

Quando os EUA derrubou o grupo terrorista do poder, em 2001, Baradar viveu em exílio, sendo conhecido como um líder militar poderoso e operador político discreto. Em 2010 ele foi preso durante uma operação conjunta dos EUA e do Paquistão.

Porém em 2018, durante a administração de Donald Trump, ele foi libertado a pedido do governo americano para que pudesse liderar as negociações de paz. Em 2020 ele supervisionou o acordo Doha que previa a retirada das tropas americanas no Afeganistão e em troca o país não podia ser usado como base para atacar os EUA nem seus aliados.

Agora, na última terça-feira, 17 de agosto, Baradar chegou ao Afeganistão depois que o Talibã declarou vitória e o fim da guerra depois de duas décadas que as tropas americanas ocuparam o país. Foi a primeira viagem oficial dele desde 2001, com a queda do regime.

O próprio mulá Baradar declarou o fim da guerra afegã e a vitória dos rebeldes, uma conquista rápida e inesperada que aconteceu no último domingo (15), a população afegã está desesperada e pede ajuda internacional.

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