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política

PT vai ao STF em favor de linguagem neutra nas escolas

O partido de esquerda tenta barrar o decreto catarinense que proíbe a mudança na Língua Portuguesa.

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Lula e Dilma (Foto: Lula Marques / Agência PT)

Em 5 de julho o Partido dos Trabalhadores, moveu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o governo de Santa Catarina, e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que barre o decreto que proíbe o uso da “linguagem neutra”.

O decreto catarinense que está em vigor desde 15 de junho, proíbe o uso de novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da Língua Portuguesa em instituições públicas e privadas de ensino, bem como bancas examinadoras de concursos públicos do estado.

A chamada linguagem neutra é uma tentativa da comunidade LGBT de incluir a todos, sem ter que usar pronomes no masculino ou feminino, no entanto, o decreto afirma que essa nova língua é contra as regras gramaticais permanentes e que são ensinadas no país.

Mas para o PT o documento “viola os direitos à igualdade, à não discriminação, o princípio da dignidade da pessoa humana e o direito à educação”.

A relatoria da ação é o ministro Nunes Marques, que se caso decidir favoravelmente ao PT poderia criar jurisprudência para que outras leis semelhantes sejam barradas no futuro.

“Linguagem neutra é errada”

Para a autora da proposição, a deputada estadual Ana Campagnolo (PSL), a estratégia do PT é subverter a lógica, para que nada seja considerado errado, porém a linguagem neutra é errada e não condiz com a Língua Portuguesa.

Já o partido de esquerda afirma que usar o gênero neutro do português que é o masculino, é “um símbolo do machismo socialmente enraizado”, e que a língua devia mudar esse paradigma que está acontecendo no país a alguns anos.

As sugestões para usar a linguagem neutra é substituir os pronomes binários por outros, por exemplo, ao invés de “ele/ela” usar “ilu”, “dele/dela” trocar por “dilu”, “meu/minha por “mi/minhe”, “seu/sua por “su/sue”, aquele/aquela por “aquelu” e “o/a” por “le”, segundo o PT.

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