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estudos bíblicos

Porque creio na ressurreição de Jesus

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé…

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Cruz. (Photo by Aaron Burden on Unsplash)

Sem dúvida, o ponto mais singular da vida de Cristo e por consequência da fé cristã, é a ressurreição de Cristo. Este fato revela a diferença da fé cristã de qualquer movimento religioso e suas doutrinas. Você acredita que Jesus Cristo ressuscitou como afirma os evangelhos?

O grande escritor e teólogo batista norte-americano John Piper, apresentou algumas provas efetivas da ressurreição de Jesus, nas quais eu também creio e comento:

O próprio Jesus testificou de sua iminente ressurreição dos mortos

Jesus falou abertamente sobre o que lhe aconteceria: crucificação e então ressurreição dos mortos. “O Filho do Homem deve sofrer muitas coisas e ser rejeitado pelos anciãos e principais sacerdotes, e pelos escribas, e ser morto, e depois de três dias ressuscitar” (Marcos 8:31; veja também Mateus 17:22; Lucas 9:22).

Aqueles que consideram ser impossível acreditar na ressurreição de Cristo, provavelmente dirão que Jesus estava enganado ou (o mais provável) que a igreja primitiva colocou essas declarações em sua boca para fazê-lo ensinar a falsidade que eles próprios conceberam. Mas aqueles que leem os Evangelhos e chegam a uma forte convicção de que aquele que fala de forma tão compelida através desses testemunhos não é a invenção de uma imaginação tola, ficarão insatisfeitos com esse esforço em explicar o testemunho próprio de Jesus de sua ressurreição dos mortos.

A tumba estava vazia

Os documentos mais antigos declaram isso: “Quando eles entraram não encontraram o corpo do Senhor Jesus” (Lucas 24:3). E os inimigos de Jesus confirmaram isso quando declararam que os discípulos tinham roubado o corpo (Mateus 28:13). O corpo de Jesus não pôde ser encontrado. Existem quatro possíveis explicações para isso.

2.1 Seus inimigos roubaram o corpo. Se eles fizeram isso (e eles nunca declararam tê-lo feito), certamente iriam produzir o corpo para acabar com a bem-sucedida divulgação da fé cristã logo na cidade onde aconteceu a crucificação. 2.2 Seus amigos roubaram o corpo. Esse foi um rumor inicial (Mateus 28:11-15). Isso é provável? Teriam eles conseguido passar pelos guardas na tumba? Mais importante, teriam eles começado a pregar com tamanha autoridade que Jesus ressuscitou, sabendo que ele não tinha? Teriam eles colocado em risco suas vidas e aceitado espancamentos por uma coisa que eles sabiam ser uma fraude? 2.3 Jesus não estava morto, apenas inconsciente quando eles o colocaram na tumba.

Ele acordou, removeu a pedra, passou pelos soldados, e desapareceu da história depois de alguns encontros com seus discípulos nos quais ele os convenceu que havia ressuscitado da morte. Mesmo os inimigos de Jesus não tentaram essa linha. Ele estava obviamente morto. Os romanos também assim testemunharam.

A pedra não podia ser removida por dentro por um homem que tinha acabado de ser apunhalado ao lado por uma lança e passados seis horas pregado numa cruz. 2.4 Deus ressuscitou a Jesus dos mortos. Isso é o que ele disse que aconteceria. Isso é o que os discípulos disseram que aconteceu.

Mas como existe uma remota possibilidade de explicar a ressurreição de uma forma natural, as pessoas modernas dizem que não deveríamos pular para uma explicação sobrenatural. Isso é razoável? Eu não acho que seja. É claro, nós não queremos ser ingênuos. Tampouco queremos rejeitar a verdade apenas porque é estranha.

Os seus discípulos

Aqueles 11 homens foram quase que imediatamente transformados de homens sem esperança e amedrontados depois da crucificação (Lucas 24:21, João 20:19) em homens que foram testemunhas confiantes e corajosas da ressurreição (Atos 2:24, 3:15, 4:2).

A explicação deles para essa mudança foi que eles tinham visto o Cristo ressuscitado e tinham sido autorizados a serem suas testemunhas (Atos 2:32). A explicação concorrente mais popular é que a confiança deles era devida a alucinações. Há inúmeros problemas com tal ideia. Os discípulos não eram ingênuos, mas céticos equilibrados tanto antes quanto depois da ressurreição (Marcos 9:32, Lucas 24:11, João 20:8-9, 25).

Além disso, seria o ensinamento nobre e profundo daqueles que testemunharam a ressurreição de Cristo o tipo de coisa de que alucinações são feitas? E quanto à grandiosa carta de Paulo aos Romanos? Pessoalmente, acho difícil imaginar esse intelecto gigante de alma profundamente transparente como enganado ou enganador, e ele declarou ter visto o Cristo ressuscitado. Eram homens tão normais, que se não fosse a ressurreição e a vida de Cristo, nunca a história e o mundo os teriam conhecido.

O Apóstolo Paulo

Paulo declara que não apenas ele viu o Cristo ressuscitado, mas 500 outras pessoas também o viram, e muitos ainda estavam vivos quando ele fez essa declaração pública: “Então ele apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, a maioria deles ainda viva, embora alguns já tenham falecido” (1 Coríntios 15:6).

O que torna isso relevante é que isto foi escrito para gregos que eram céticos para esse tipo de declaração, quando muitas testemunhas estavam ainda vivas. Então essa era uma declaração arriscada já que podia ser contestada com uma pequena pesquisa de primeira mão.

O nascimento da Igreja Primitiva

A pura existência de uma igreja primitiva cristã próspera e conquistadora de impérios suporta a verdade da declarada ressurreição.

A igreja difundiu-se no poder do testemunho que Jesus ressuscitou dos mortos e de que Deus assim o fez Senhor e Cristo (Atos 2:36). O senhorio de Cristo sobre todas as nações é baseado na sua vitória sobre a morte. Essa é a mensagem que se propagou por todo o mundo. Seu poder de cruzar culturas e criar um novo povo de Deus foi um forte testemunho de sua verdade. A conversão do Apóstolo Paulo suporta a verdade da ressurreição.

Ele debate com um público parcialmente insensível em Gálatas 1:11-17 que seu evangelho vem de Jesus Cristo ressuscitado, não de homens. Seu argumento é que antes da sua experiência na Estrada de Damasco quando ele viu Jesus ressuscitado, ele era violentamente oposto à fé cristã.

Mas agora, para espanto de todos, ele está arriscando sua vida pelo evangelho (Atos 9:24-25). Sua explicação: O Jesus ressuscitado lhe apareceu e autorizou-o a liderar a missão dos gentios (Atos 26:15-18). Podemos dar crédito a tal testemunho? Isto encaminha-nos para o próximo argumento.

As primeiras testemunhas

As testemunhas do Novo Testamento não carregam o rótulo de ingênuos ou enganadores. Como você dá crédito a uma testemunha? Como você decide se acredita no testemunho de uma pessoa? A decisão de dar crédito a uma pessoa não é a mesma coisa que resolver uma equação matemática.

A exatidão é de um tipo diferente, ainda que seja de igual firmeza (eu confio no testemunho de minha esposa de que ela é fiel). Quando uma testemunha é morta nós podemos basear nosso julgamento dela somente pelo conteúdo de seus escritos e o testemunho de outros a seu respeito.

Como Pedro e João e Mateus e Paulo se comparam? Em meu julgamento (e nesse ponto nós podemos viver autenticamente somente por nosso próprio julgamento – Lucas 12:57), os escritos desses homens não se leem como as obras de homens ingênuos, facilmente enganados ou enganadores. O discernimento que eles têm da natureza humana é profundo.

O Novo Testamento ensina que Deus enviou o Espírito Santo para glorificar Jesus como o Filho de Deus. Jesus disse: “Quando o Espírito da verdade vier, ele vos guiara em toda a verdade… Ele vai glorificar-me” (João 16:13). O Espírito Santo não faz isso dizendo-nos que Jesus ressuscitou dos mortos.

Ele faz isso abrindo nossos olhos para ver a evidente glória de Cristo na narrativa de sua vida e morte e ressurreição. Ele nos habilita a ver Jesus como ele realmente foi, de modo que ele é irresistivelmente verdadeiro e belo.

O apóstolo explicou o problema de nossa cegueira e a solução dessa maneira: “O deus desse mundo cegou as mentes dos incrédulos para que eles não enxerguem a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus… Porque Deus, que disse, “Deixe a luz resplandecer das trevas”, resplandeceu em nossos corações para dar a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo” (2 Coríntios 4:4,6).

Celebramos uma viva fé, que olha para trás e vê uma manjedoura, uma cruz e um túmulo, todos vazios, e que olha para o presente em cada lugar vê uma igreja-família, vê o surgimento de novas igrejas erguidas em seu nome e sua glória. Hoje, passados mais de vinte e um séculos, a fé cristã é a maior e mais influente expressão de vida na terra, apontando e proclamando para o Cristo que veio, morreu, ressuscitou e breve voltará para mim e para você, o Cristo vitorioso e ressurreto, poderoso e que nos convida a reinar com Ele em vida por toda eternidade.

Por isso creio em todas estas evidências de sua ressurreição e vida dele por cada um de nós! Creia e declare, Jesus ressuscitou, vive, reina e governa, e “Maranata”, breve voltará!

Carlito Paes, pastor Batista, Palestrante e Escritor. Bacharel e Mestre em Teologia, Pastor Líder da Igreja da Cidade em S. J. dos Campos-SP. Fundador da Rede de Igrejas da Cidade e da Rede Inspire de Igrejas, autor de 26 livros públicados pelas Editoras Vida e Inspire e fundador de diversas organizações ministeriais como Colégio Inspire! Escreve semanalmente para o Jornal O Vale e para o Gospel Prime, casado com Leila Paes, pastora e psicóloga, vivem em SJC desde de 1997 com 4 filhos!

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