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Paquistanês sai da prisão após sequestrar e estuprar menina cristã

Homem de 44 anos alega que menina já estava na puberdade quando foi sequestrada.

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Arzoo Raja, Ali Azhar
Arzoo Raja com o sequestrador Ali Azhar (ponta direita) (Foto: Reprodução/Governo do Paquistão)

Um tribunal do Paquistão decidiu liberar sob fiança um muçulmano que sequestrou, estuprou e forçou uma menina, chamada Arzoo Raja, que é cristã e tem apenas 13 anos a um “casamento” islâmico. O caso da adolescente ficou conhecido depois que a família protestou contra o crime.

O homem chamado Ali Azhar, de 44 anos, saiu da prisão no mês passado depois de pagar fiança, ele nega ter violado as leis do Paquistão contra o casamento infantil e estupro infantil, afirmando que a menina cristã havia atingido a puberdade, de acordo com a International Christian Concern.

Caso Azhar venha a ser considerado culpado pelo estupro, poderá pegar prisão perpétua ou pena de morte. O advogado que representa a família da menina espera conseguir sua condenação, enquanto a família cristã luta para ter de volta a guarda da menina.

Sequestro

Arzoo foi sequestrada de sua casa na cidade de Karachi, província de Sindh, em 13 de outubro de 2020 pelo vizinho muçulmano, conforme a denúncia feita pelo pai da jovem à polícia. Ela chegou a ser forçada a morar com o sequestrador por quase um mês antes de ser resgatada pelas autoridades.

Durante o tempo que esteve com Azhar, a menina foi forçada a assinar dois papéis dizendo que havia se convertido ao Islã e se casado por decisão própria, o que é contestado pela defesa, que afirma que ela foi constrangida a assinar os papéis.

No final do mês de outubro, a Suprema Corte de Sindh chegou a validar o casamento citando a lei islâmica sharia, apenas de a lei secular do país proibir o casamento infantil, de acordo com a Lei de Restrições de Casamentos Infantis de Sindh.

Reviravolta

A pressão popular levou o tribunal a reverter sua decisão de validar o casamento ilegal e a ordenar a prisão de Azhar, além de colocar Arzoo sob custódia do governo, colocada em um abrigo enquanto o caso é investigado. Além disso, a acusação do pai da jovem de estupro por parte do sequestrador foi aceita.

Logo que foi retirada do sequestrador, a menina afirmou que havia se convertido ao Islã e se casado por livre vontade, mas acredita-se que ela ainda estava sob efeito das ameaças sofridas durante o período de cativeiro com Azhar.

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