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estudos bíblicos

O que é santidade?

Estudo bíblico sobre o que a Bíblia diz a respeito da santidade no Velho e Novo Testamento.

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Bíblia. (Ben White / Unsplash)

A santidade no ministério levítico

Uma vez que Deus, o Santo, levou os israelitas a um relacionamento especial com ele redimindo-os e habitando no meio deles, a exigência fundamental do código levítico era: “sejam santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44,45; 19.2; 20.7,26). Os israelitas já eram uma nação santa no sentido posicional porque Deus já os havia trazido para si, mas no Sinai deveriam descobrir as imensas implicações de ter um relacionamento com Deus, que deveria levá-los a experimentar progressivamente a purificação e a perfeição.

Sacerdotes como modelos de santidade

Os sacerdotes levitas, por serem líderes do povo, deveriam ser seus referenciais de integridade, retidão e pureza. Precisavam consagrar-se a Deus para que não fossem fulminados (Ex 19.22). Especialmente eles deveriam com suas próprias vidas ilustrar o grande zelo de Deus. A morte de Nadabe e Abiu, sacerdotes filhos de Arão que ofereceram a Deus fogo estranho, foi posta como exemplo para os demais ministros do culto, bem como para inspirar temor em todo o restante do povo: “Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo” (Lv 10.3). Igualmente os filhos de Eli foram destruídos porque “não se importavam com o Senhor” (1Sm 2.12-26); embora sacerdotes, Hofni e Finéias desprezaram ao Senhor e foram levianos na ministração das ofertas e pagaram o preço de sua irreverência.

Santidade externa: a reputação de Deus expressa no corpo dos sacerdotes

No capítulo 28 de Êxodo vemos as orientações quanto a confecção do vestuário dos sacerdotes, cuja beleza deveria simbolizar a glória e a santidade de Deus. “Também farás uma lâmina de ouro puro, e nela gravarás como as gravuras de selos: SANTIDADE AO SENHOR” (Ex 28.36).

Já os capítulos 21 e 22 de Levítico trazem o padrão de santidade ordenado por Deus para a conduta dos sacerdotes. De todas as obrigações morais, familiares, sociais e litúrgicas que ali estão expressas, o resumo é: “Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do Senhor, e o pão do seu Deus; portanto serão santos” (Lv 21.6), e ainda “Portanto o santificarás, porquanto oferece o pão do teu Deus; santo será para ti, pois eu, o Senhor que vos santifica, sou santo” (Lv 21.8). A santidade deve ser, portanto, tanto interior quanto exterior (nessa devida ordem!); tanto em nosso caráter (o que somos) como em nossa reputação (como nos apresentamos).

Tamanha era a qualidade exigida por Deus daqueles que oficiavam no culto levítico, que portadores de deficiência física não poderiam exercer o sacerdócio (Lv 21.16-23). Christopher Wright [2] comenta sobre esse impeditivo para o ofício sacerdotal:

“No mundo do simbolismo israelita, a integridade espiritual e moral se expressava na inteireza física, de sorte que homens que pertenciam a famílias sacerdotais, mas tinham algum defeito físico, não tinham permissão para fazer os sacrifícios no altar. Não eram, no entanto, excluídos da renda e apoio materiais dados aos sacerdotes e podiam se alimentar das coisas santas, i.e., da comida sagrada, que era a porção dos sacerdotes”.

Na vida e no ofício sacerdotal a reputação de Deus deveria ser exaltada. O Senhor não toleraria que seu nome e sua glória fossem maculados e escarnecidos pelos israelitas ou pelos gentios em razão da má conduta dos sacerdotes. Por isso sobre eles pesava a advertência: “Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus…” (Lv 21.6; 22.2).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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