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estudos bíblicos

O nascimento de um líder profético em Israel

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 2 do trimestre sobre “O Governo Divino em Mãos Humanas – Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel”.

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Profeta Samuel. (Foto: Reprodução)

II. Samuel: fruto de oração

1. A humildade de Ana

Ana é um modelo de uma crente fiel, paciente, perseverante e resiliente! Inspira tanto as mulheres cristãs como também aos homens cristãos do nosso tempo, devido sua postura digna diante do bullying (violência psicológica) que sofria constantemente dentro de casa.

Ana era fiel porque, a despeito de sua tristeza pela esterilidade como ainda mais pela perseguição de sua adversária dentro de casa, não abandonou a fé em Deus nem deixou de subir à Casa do Senhor para adorá-lo. Era paciente porque soube suportar as afrontas sem devolvê-las “na mesma moeda”. Ana encarnou o que Jesus séculos depois ensinou aos seus discípulos: “se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra” (Mt 5.39).

Enquanto muitos crentes hoje se gabam de um temperamento explosivo e chegam a dizer: “Eu sou pavio curto mesmo! Eu não levo desaforo pra casa! Comigo é assim: bateu, levou!”, a irmã Ana simplesmente ouvia as afrontas, orava ao Senhor e chorava abundantemente (1Sm 1.10). Mas Deus estava colhendo e decifrando aquelas lágrimas, aguardando o tempo certo para responde-las! Ana perseverou no seu propósito e resistiu aos ataques verbais, demonstrando grande resiliência! Em tempos de epidemias de depressão como os que vivemos hoje, creio que Ana tem muito a nos ensinar sobre “lançar sobre o Senhor nossas ansiedades, porque Ele tem cuidado de nós” (1Pe 5.7).

2. Ana e sua amargura de alma

“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2Co 4.8,9). Não me estranharia nenhum pouco se estas palavras fossem ditas pela irmã Ana, embora a autoria delas seja do apóstolo Paulo. De fato, ainda que a natureza do sofrimento de Paulo e Ana fosse bem diferente, a própria Ana confessou ao sacerdote Eli: “Eu sou uma mulher atribulada de espírito…” (1Sm 1.15).

Ainda que abatida, Ana não se permitiu ser destruída! Ana se abateu com as afrontas de Penina, mas não se entregou a um sentimento de ódio e revanche; não buscou oportunidade para fazer mal à sua adversária, antes confiou no Senhor e permaneceu íntegra! Como exorta o Salmo 37.7: “Descansa no Senhor e espera nele, e não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios”. Ana nos dá mais uma lição, que será traduzida no novo testamento da seguinte forma: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).

Ana também não se permitiu ser destruída por pensamentos de desistência e morte, jamais cogitando o abandono do lar ou até mesmo o suicídio como forma de escapar daquele sofrimento. Ela confiou no Senhor e depositou suas mágoas aos Seus pés em oração! É assim que a serva do Senhor e o servo de Deus devem fazer: confiar e buscar ao Senhor nas horas de aflição, pois nosso Deus é “socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1).

3. O pedido de Ana

Na Casa do SENHOR, em Siló, Ana derramou sua alma em oração, apelando para a benignidade de Deus, suplicando-lhe por um filho homem a quem ela, mediante voto, se comprometeu entregar ao Senhor para servi-lo por toda a vida (1Sm 1.11).

Ana ora a Deus porque sabe que a sua esterilidade só podia ser curada mediante um milagre. Seu esposo Elcana a amava e certamente mantinha relações com ela, cumprindo seus deveres conjugais. Mas Deus lhe havia fechado a madre, e somente Deus podia abri-la!

Ana pede a Deus um “filho varão” não por menosprezo ao sexo feminino, mas porque ela já tinha um propósito declarado: entregar esse filho levita para o serviço ao Senhor em tempo integral e por toda a vida. Somente os homens levitas podiam servir no tabernáculo do Senhor e exercer o sacerdócio. Ana queria um filho para oferece-lo com o seu melhor a Deus; ela que já estava acostumada a oferecer sacrifícios animais, queria agora oferecer seu próprio filho como um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1).

Deus se agrada quando o que queremos lhe oferecer é o nosso melhor; se agrada quando oramos por mais obreiros para a sua obra; se agrada quando resolvemos consagrar nossos filhos ao serviço sagrado. A estas orações, Ele tem prazer em responder positivamente! Creio que é para súplicas assim, que temos esta promessa: “Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração” (Sl 37.4).

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