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Movimentos por justiça social são bíblicos? Acadêmicos se dividem
Tema é frequentemente ligado ao marxismo.
Cada vez mais cristãos se juntam em movimentos por justiça social indo para as ruas ou se manifestando através das mídias. Em meio aos impasses no meio cristão sobre o que deve ou não deve fazer a respeito, Justin Giboney, chefe de uma organização de cristãos urbanos progressistas disse que “justiça social é justiça bíblica aplicada ao contexto social”.
Justin é fundador e presidente da AND Campaign, ele afirmou durante um fórum na semana passada, enquanto se discutia se o movimento de justiça social de hoje se adequa na justiça bíblica, que: “A missão cristã de justiça social não é um abraço completo de uma agenda progressista secular”.
Para discutir essas premissas, foi organizado um fórum, pelo programa de Washington, DC, da Baylor University e pela organização cristã sem fins lucrativos Faith & Law, com o tema “Justiça Social: Bíblica e Secular”.
O seminário online teve como estímulo o acontecimento da covid-19, que foi discutido pela organização para funcionários da Câmara e do Senado dos EUA.
A discussão
O diretor de programas acadêmicos do Witherspoon Institute, em Princeton, New Jersey, demonstrou a sua preocupação com o fato de que os ativistas sociais geralmente só pensam em um determinado grupo social. RJ Snella afirma que eles “seguem o que Deus pensa que não é justo e nem razoável”.
Snell também afirmou que o movimento parece emergir da decomposição do marxismo, em contrapartida os defensores preferem ver como algo vindo da burguesia.
Ele também disse que o marxismo e algumas ideias contemporâneas relacionadas a ele, buscam a “negação da própria normalidade” como expressa nas Escrituras.
Snell tem doutorado em filosofia pela Marquette University e uma agenda de pesquisas com nicho em tradições intelectuais e éticas católicas romanas. Ele traz para a discussão uma pergunta: “Como você argumenta por justiça social sem lei natural ou moralidade bíblica? ”.
O diretor associado da Baylor, em Washington, Matthew Anderson, doutor em ética cristã pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, relembrou que em Miquéias 6:8 fala que o homem bom faz justiça, ama a misericórdia e anda humildemente com Deus.
Ele acrescentou que de acordo com as escrituras os cristãos têm que esperar uma forma de justiça limitada aqui na Terra, e não como os ativistas de justiça social querem fazer hoje em dia de forma abrangente.
Giboney também concordou que não é possível eliminar totalmente o racismo e a injustiça aqui neste mundo e que todos os esforços para os fazer, excluem o que realmente importa. “Às vezes, o que está acontecendo hoje é que estamos sendo muito idealistas”, disse ele.
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