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Ministro da Educação defende ensino doméstico em audiência

Homeschooling é alvo de críticas e segue em debate na Câmara dos Deputados.

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Ministro Milton Ribeiro
Ministro da Educação, Milton Ribeiro (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Em uma audiência na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (5), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu a educação em casa, conhecida como homeschooling.

De acordo com o ministro, cerca de 35 mil famílias no Brasil já optaram por essa modalidade de ensino, e destacou que o seu governo visa priorizar essa questão.

Há em tramitação pelo menos oito projetos com o tema do Homeschooling, uns para proibir, outros para permitir a prática, o debate promovido vem da deputada Luísa Canziani (PTB-PR) relatora sobre essa questão.

A prática do ensino doméstico prevê que os pais participem no ensino dos filhos, ou também que podem contratar professores particulares. Vale ressaltar que se o projeto for aprovado ninguém é obrigado a aderir.

Cerca de 65 países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), já aderiram ao modelo, denotando um total de 85%.

Ribeiro comentou que a escola não é o único meio de socialização para as crianças, mas também a família, os clubes, as bibliotecas e até mesmo as igrejas.

A ministra Damares Alves, também estava presente na audiência e apoiou o ministro da Educação, enquanto o deputado Lincoln Portela do PL-MG, chamou de perseguição a famílias adeptas ao ensino domiciliar.

As divergências sobre a adoção do homeschooling como modelo de ensino-aprendizagem está sendo muito criticado, inclusive a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro também não apoia o projeto.

Segundo o Estadão, Guimarães teria apontado durante a audiência que o modelo de ensino em casa comprometeria a socialização do estudante, e impediria o contato com outras ideias e pensamentos, além de não ter professores e equipe pedagógica capacitada.

“Na minha visão, a regulamentação do ensino domiciliar compromete a convivência com diferentes grupos sociais, parte essencial do processo educativo e de humanização, pelos quais se estabelece relações de empatia, de solidariedade e de cidadania, essenciais para o desenvolvimento social, afetivo, psíquico e cognitivo de crianças e jovens”, disse Maria Helena.

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