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Militante de esquerda diz que “fé evangélica é das mulheres negras e pobres”

Nilza Valéria Zacarias lidera a Frente Evangélica pelo Estado Direito.

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Nilza Valéria Zacarias
Nilza Valéria Zacarias (Foto: Reprodução/YouTube)

Para a ativista de esquerda Nilza Valéria Zacarias, de 50 anos, a fé evangélica “é uma fé das mulheres negras, pobres e periféricas”, seguindo o mesmo modelo de tentar divisão da sociedade comum entre os militantes desta ideologia política.

“Uma Bancada Evangélica composta por homens brancos, ricos e que não defendem o interesse dos pobres não nos representa”, continuou.

Jornalista, ela criou uma tal Frente Evangélica pelo Estado de Direito durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Ela afirma que sua organização atua em todos os estados do Brasil, especialmente nas periferias, dizendo que é onde está concentrada a maior parcela dos fiéis evangélicos, mais uma manobra das esquerda para se aproximar do segmento.

Em entrevista ao Universa, afirma que houve um “golpe gospel” contra a presidente, que foi afastada do cargo por ter tentado maquiar as contas públicas.

“Na época, dizia-se que o golpe era gospel, tinha aquela figura do Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara dos Deputados] muito forte, um apoio muito forte da bancada evangélica, e nós nos incomodávamos muito com isso”, disse.

Ela ainda enfatiza que a bancada evangélica não representa os fiéis, que são em torno de 30% da população do país, citando o Datafolha.

“A Bancada não representa a massa evangélica brasileira — que gira em torno de 30% da população do país, segundo o Datafolha —, representa apenas o interesse de igrejas que funcionam como verdadeiras corporações”, disse.

Na época, o grupo escreveu um manifesto e organizou o primeiro ato na Sala dos Estudantes, na USP (Universidade de São Paulo). Dias depois, o impeachment foi aprovado e a Frente Evangélica pelo Estado Direito nasceu oficialmente.

Atualmente, o grupo é comandado por Valéria e pelos pastores de esquerda Ariovaldo Ramos e Anivaldo Padilha, tendo entre as pautas o combate ao racismo e a violência contra mulher, além de promover discurso progressista enre os evangélicos, mesmo sendo antibíblico.

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