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Malafaia chama presidente da CPI de “arregão” depois de desistir de convocá-lo

Omar Aziz não quis convocar o pastor para falar à CPI.

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Jair Bolsonaro e Silas Malafaia
Jair Bolsonaro e Silas Malafaia (Isac Nóbrega/PR)

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) chamou o senador Omar Aziz (PSD-AM) de “arregão” por desistir de convocá-lo para depor na CPI da Covid.

Malafaia havia tido seu nome citado pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que afirmou que o pastor é um dos principais conselheiros do presidente e pediu que ele fosse convocado.

A provocação veio das perguntas que foram feitas ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em relação ao aconselhamento paralelo a Bolsonaro durante a pandemia de covid-19.

Flávio ainda afirmou que quase todos os dias seu pai fala com o pastor e que ele teria influência sobre o presidente. “Quero ver se vai ter coragem”, provocou o senador.

O senador fluminense falou em meio a manifestação do senador governista Marcos Rogério (DEM-RO), ele acabou citando o vereador carioca Carlos Bolsonaro, irmão de Flávio e também filho do presidente, abrindo espaço para ele falar.

Com isso, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) prometeu que iria apresentar um requerimento para que Malafaia fosse convocado, o que teria sido feito. No entanto, o presidente da CPI recuou em chamar o pastor assembleiano para depor.

Recusa

Ao rejeitar o requerimento do senador Marcos Rogério para convocar Malafaia, Aziz usou o fato de o pastor ser seguido por muita gente, dando a entender que suas palavras na CPI poderiam ter maior repercussão na defesa do governo.

“O pastor Silas Malafaia, tenho um respeito muito grande. Eu o recebi na minha residência quando era governador. Tive o prazer de conversar com ele demoradamente na minha casa, é um líder espiritual muito forte no Brasil. E tenho certeza que o que o senador Flávio Bolsonaro falou aqui é que os conselhos que ele [Jair Bolsonaro] recebia eram conselhos espirituais”, justificou o presidente da CPI.

“Não creio, até pelo conhecimento que a gente tem do pastor Silas Malafaia, que ele fizesse qualquer ingerência dentro do governo. Não acredito nisso, tenho um respeito enorme. Um líder religioso da envergadura do pastor dificilmente pediria para nomear A ou B num cargo, indicar alguém. Não é o papel que ele faz, nunca fez isso. […] Estou indeferindo seu pedido, não vou pautar isso”, acrescentou Aziz.

“Arregão”

Malafaia usou o Twitter para comentar a decisão, chamando Aziz de “arregão” e apontando que ele estaria “cheio de dedo” para se justificar ao não convocar o líder religioso para falar na CPI.

“O arregão do Aziz cheio de dedo para não me convidar para CPI. Quem fala da minha envergadura é o Renan kkk”, escreveu no Twitter.

Em um vídeo no YouTube, o pastor reiterou sua posição, se dispondo a ir à CPI: “Eu to mentindo? Então me levem na CPI. Eu vou responder por quê afinaram, arregaram, de não me convidar para ir na CPI”.

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