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Mais 10 lições sobre o filme Quarto de Guerra

Por mais que cônjuges se amem, pais amem seus filhos ou amigos se amem, ao depositarmos a nossa felicidade no outro fatalmente teremos uma decepção com graves consequências para nossa vida.

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Este artigo é a continuação das lições extraídas do filme Quarto de Guerra que estreou nos cinemas do Brasil em dezembro de 2015. Para quem não viu o primeiro artigo é só clicar aqui.

Vamos às novas lições:

1 – Você pode ir à igreja sem ela estar em você e vice-versa.

No filme o colega de Tony diz que gostaria de ver a igreja nele. Na verdade, este é o desejo de Deus para a vida do seu povo. É possível que estejamos indo a igreja por vários motivos, mas não pelo motivo correto. Boa parte da sociedade evangélica tem disseminado a importância de estar presente em alguma igreja, em detrimento da forma como vivemos a nossa vida cristã cotidiana. Antes de irmos à igreja, precisamos ser a igreja. Uma vez que estamos inseridos numa comunidade (igreja), nossa mente deve estar junto conosco. Lembre-se: da mesma maneira que você dá vida à igreja ela também dá a você. É um ciclo dinâmico, contínuo e progressivo.

2 – Fuja da aparência do mal.

Tony estava prestes a entrar numa fria quando conheceu uma moça sedutora em seu trabalho. Neste interim, sua vida familiar estava um caos. Discussões frequentes, falta de prazer no convívio familiar, falta de sexo regular com sua esposa, etc., preparavam um terreno perigoso por onde Tony estava caminhando. Graças a Deus no final da história Tony reabilitou a relação com a sua esposa e não consumou o ato pecaminoso com a moça sedutora. Isso mostra que o inimigo atua nas brechas que damos em nossas vidas. Ele é frio e calculista, por isso não tem pressa para dar o bote. Devemos manter a nossa comunhão com Deus para obter discernimento de situações, pessoas e lugares que aparentemente não trazem danos, mas que na verdade, são caminhos de morte.

3 – Participe ativamente da vida dos seus filhos.

Às vezes achamos que estar presente ou não nas atividades dos filhos não faz diferença para eles. Isso é um engano profundo que pode deixar marcas terríveis na vida dos nossos filhos. Quando ficamos indiferentes às realizações dos nossos filhos, eles acabam se tornando dessensibilizados em relação à importância da comunhão familiar e crescem sem o desejo de constituir uma família. Sendo assim, vale a pena sacrificar alguma atividade de ganho financeiro para que participemos ativamente da vida dos nossos filhos. Assim eles se sentirão amados e felizes pela importância devida que damos a eles.

4 – Não deixe Jesus de fora.

A senhora Clara ao prestar depoimento aos policiais sobre o bandido que tentou assalta-la, disse que o bandido foi embora quando ela clamou o nome de Jesus. A senhora apela aos guardas para que não tirem o nome de Jesus do registro da ocorrência. Na visão dela o mundo está uma miséria exatamente por que sempre deixamos Jesus de fora das nossas vidas. Você tem alguma dúvida disso?

5 – Ninguém merece a salvação.

Grande parte dos seres humanos luta com seus esforços para obter algum tipo de mérito salvífico no durante suas vidas aqui na Terra. Quando a senhora Clara interpela Elizabeth sobre a situação do seu casamento, deixa claro que ninguém é merecedor de salvação. Todos estão manchados pelo pecado originado no Jardim do Éden. É apenas pelo mérito de Jesus Cristo que alguém pode obter a salvação eterna. Se não houver a aceitação de que Jesus Cristo cumpriu a justiça de Deus em nosso lugar (morrendo na cruz), certamente não obteremos tão grande salvação disponibilizada graciosamente por Deus a todos os homens.

6 – Enquanto não perdoamos os outros não somos perdoados por Deus.

Este é um conceito elementar na vida daqueles que professam serem verdadeiros cristãos. Todavia, no mundo que vivemos a Lei de Talião parece ser o padrão de conduta e de relacionamento da grande maioria. Na oração do Pai Nosso, ensinada por Jesus Cristo, lemos “[…] perdoa as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos tem ofendido”. Quando Elizabeth entendeu que precisava perdoar Tony, e quando Tony percebeu que precisava perdoar a si mesmo, ambos obtiveram o perdão de Deus e tudo começou a fluir em sua família. A falta de paz e as feridas abertas pelas ofensas de um ao outro, foram restauradas e curadas pelo maravilhoso poder do perdão, ou seja, pelo poder do amor.

7 – Não há espaço para você e Deus no trono do seu coração.

O coração é o lugar onde costumamos designar como a sede da nossa alma. Em toda a história o homem acredita ser senhor de si mesmo, onde suas ações são baseadas na satisfação de seus interesses e necessidades tornando-o um ser egoísta e individualista. Entretanto, o homem deve ter ciência que a direção da sua vida não lhe compete, e sim a alguém infinitamente superior a ele. Este alguém é o seu criador, o que toda cultura chama de Deus. Quando o homem compreende que o seu ego deve dar lugar a Deus no trono do seu coração, então o verdadeiro sentido da vida é encontrado por ele numa espécie de reorientação drástica do seu modo de pensar e de ver as coisas ao seu redor. Para os cristãos, isso é chamado de conversão.

8 – Quando resolvemos lutar de verdade, o inimigo logo vem com uma estratégia mais forte.

Quando Elizabeth resolveu fazer uso do poder da Palavra de Deus em sua casa, ela recebeu uma mensagem de texto dizendo que seu marido estava jantando com outra mulher na cidade que ele estava a trabalho. Elizabeth não hesitou e continuou intercedendo por ele através da oração, de modo que Tony teve um desconforto e saiu subitamente da mesa do restaurante rumo ao toalete deixando a “vigarista” passando vontade de tê-lo por uma noite em seu quarto. Se Elizabeth tivesse cedido ao ataque do inimigo, talvez ela não tivesse usado a sua fé para expulsar o inimigo da sua vida e do seu lar. Precisamos confiar em Deus verdadeiramente e descansar, afinal de contas, Ele nunca desampara um filho seu.

9 – Resista ao diabo e ele fugirá de vós. Será mesmo?

Muitos dos cristãos de fé evangélica que disseminam a expressão “resista ao diabo e ele fugirá de vós”, continuam apanhando feio do inimigo nas suas lutas diárias. Se esquecem que a expressão bíblica correta é “submeta-se a Deus, resista ao diabo e ele fugirá de vós”. Para vencer o inimigo é preciso submeter-se a Deus. Submeter as nossas vontades, as nossas ações, enfim, a nossa vida como um todo. O cristão que se submete a Deus possui o Espírito Santo em seu ser. Quando resistirmos o diabo nas batalhas que ocorrem em nossa mente, o tinhoso certamente fugirá, não porque tem medo de nós, mas porque vê algo infinitamente maior e mais poderoso na vida daqueles que verdadeiramente, submetem-se a vontade de Deus.

10 – A verdadeira alegria só é possível em Jesus Cristo.

Elizabeth creditava a sua felicidade em sua família, principalmente, em seu marido. Isso é um erro recorrente na vida da maioria das pessoas: acreditar que a união com alguém pode nos tornar pessoas felizes. Por mais que cônjuges se amem, pais amem seus filhos ou amigos se amem, ao depositarmos a nossa felicidade no outro fatalmente teremos uma decepção com graves consequências para nossa vida.

A solução para isso é sermos resolvidos com nós mesmos, ou seja, felizes no ser e não no ter. Esta felicidade decorrente do autoconhecimento só é possível em Jesus Cristo, onde o próprio Jesus introduz o seu Espírito Santo em nós, a fim de nos dar paz e alegria abundantes, independente das circunstâncias da vida.

Apologista cristão por vocação. Mestrando em Ciências da Religião pela PUC-Campinas-SP. Formado em Filosofia também pela PUC-Campinas-SP e em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Independente de Campinas-SP.

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