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opinião

Levita ou músico descomprometido?

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É interessante a proliferação dos chamados “Levitas” em nossas igrejas.

Por “Levitas” entendamos como todos os participantes dos vários  grupos musicais, de louvor e principalmente os músicos da casa do Senhor.

Quando os Levitas foram estabelecidos, por uma pessoal escolha do Senhor, tinham a responsabilidade de cuidar de todos os aspectos relacionados à adoração, sacrifícios, administração, transporte e zelo pelas coisas sagradas do então Tabernáculo e após, do Templo de Deus. Tudo deveria ser feito segundo as ordens expressas da Lei, seguindo-se todos os mandamentos do Senhor. A não observância por parte de alguns causou-lhes alguns detrimentos e em casos mais graves a própria morte como o ocorrido com Nadabe e Abiú Levíticos 10.1-2:

“ Ora, Nadabe, e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário e, pondo neles fogo e sobre ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que ele não lhes ordenara.  Então saiu fogo de diante do Senhor, e os devorou; e morreram perante o Senhor.”

Hoje em nossas igrejas aqueles que estão inseridos nos departamentos musicais, sejam músicos ou cantores evocam para si o título de “Levitas”.

Louvo ao Senhor pela vida daqueles que verdadeiramente assumiram para si esta nobre função “Levítica” e a cumprem com dedicação, esmero e devoção. Pagam o preço da renúncia e da consagração. São verdadeiros instrumentos do Pai que se deixam usar nos prelúdios de nossos cultos, criando um ambiente celestial através de seus acordes musicais e harmonias vocais.

Por outro lado temos os músicos descomprometidos, na maior parte das vezes se acham os artistas da igreja. Não tem vida devocional, são irresponsáveis aos compromissos de ensaios, são inconstantes na igreja, são mundanos, pois nunca se convertem, são carnais, não se consagram à nobre função; a bem da verdade não levam sequer suas Bíblias para o culto. São imaturos, insubordinados, pretensiosos, arrogantes. Alguns fazem questão de que seus acordes se sobreponham aos dos demais, afinal, muito mais importante do que executar a partitura é poder mostrar a todos que suas habilidades estão acima de qualquer regra.

“Bom músico não é aquele que toca bem, mas sim o que comparece aos ensaios”

 Não tente encontrar um musico descomprometido depois de sua participação musical, provavelmente estará do lado de fora do templo de namorico ou ao celular agendando “Shows” para sua nova “Banda” (AAAAArrrrffffff!!!!).

Uma certa vez, quando participava de um grupo musical, entre uma apresentação e outra o baterista e mais outros dois saxofonistas sumiram em pleno culto. Foi dada outra oportunidade ao grupo e o maestro ficou desesperado pela falta dos músicos, mas mesmo assim executamos o louvor. Antes do final do culto os três fujões irresponsáveis apareceram rindo dizendo que haviam dado um “Pulinho ao Shopping” . Acredite se quiser.

Não é sem causa que o departamento mais atacado pelo diabo é exatamente o musical, pois o inferno sabe o poder libertador que tem o louvor, mas também é lá que são produzidos todos os sentimentos de soberba e orgulho.

Amado músico, cantor e maestro: por mais técnicas que venhamos a adquirir, que jamais o nosso “Eu” venha sobrepor  o grande “Eu Sou”, pois tudo é para Ele, Vem d´ Ele e deve voltar em forma de cheiro suave para Ele, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Em Jesus tudo é “Harmonia”

Sem Jesus é tudo “Dissonância”

Pense nisto.

Graduado em Teologia. Pós-graduado em Teologia Bíblica. Mestre em Sociologia da Religião. Doutorando em Teologia.

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