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Justiça decide que “Jesus gay” do Porta dos Fundos não ofende Cristianismo

Juíza negou ação apresentada pela Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura.

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Gregório Duvivier e Fábio Porchat
Gregório Duvivier e Fábio Porchat (Foto: Reprodução/Netflix)

Para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o filme “Especial de Natal” do Porta dos Fundos, que apresenta Jesus como homossexual, não é ofensivo para o Cristianismo, pois “não ocorreu qualquer intolerância religiosa” na produção.

A decisão foi proferida pela juíza Adriana Sucena Monteiro Jara Moura, da 16ª Vara Cível do Rio de Janeiro, que negou pedidos da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura (CDB) em Ação Civil Pública ajuizada contra o Porta dos Fundos e a provedora de filmes e séries Netflix.

O “Especial de Natal do Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo” foi produzido em parceria com a Netflix em 2019, gerando muitas críticas por apresentar Jesus Cristo como gay, Maria como prostituta, entre outros atos de vilipêndio contra a fé cristã.

Ao apresentar a ação, o Centro Dom Bosco pedia que o filme fosse retirado do ar e que fosse aplicado multa indenizatória de R$ 2 milhões, correspondente ao faturamento do vídeo, com base no cálculo de 2 centavos de Real por brasileiro que professa a fé católica.

A juíza afirmou que o filme está disponível apenas para os assinantes da plataforma, portanto, não alcança aqueles “que não desejam ver o seu conteúdo”, como se os assinantes tivessem poder de decidir sobre o tipo de material que é produzido.

Ela também alegou que “assegurada a plena liberdade de escolha de cada um de assistir ou não ao filme e mesmo de permanecer ou não como assinante da plataforma”.

Ainda de acordo com a juíza, “não ocorreu no caso em julgamento qualquer intolerância religiosa, sendo que esta não pode ser confundida com a crítica religiosa, realizada por meio de sátira, a elementos caros ao Cristianismo”.

A magistrada ainda diz que “a sátira em questão, um esquete humorístico que utiliza figuras históricas e religiosas como pano de fundo, não possui o condão de vilipendiar ou abalar os valores da fé cristã, que são muito mais profundos”.

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