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Irmão deve assumir no lugar de líder do Hamas morto por Israel

Yahya Sinwar foi morto em operação isralense contra o grupo terrorista.

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Yahya Sinwar (Foto: Reprodução/YouTube)

A morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, em um ataque aéreo israelense em Rafah no dia 18 de outubro, encerrou seu controle de sete anos sobre a Faixa de Gaza. Sinwar, conhecido por sua liderança carismática e brutal, foi alvo de inúmeras tentativas de assassinato por parte de Israel antes de finalmente ser abatido. Sua morte levanta questionamentos sobre quem assumirá o comando da organização terrorista, e, embora especialistas israelenses acreditem que será difícil encontrar um substituto à altura, Mohammed Sinwar, seu irmão mais novo, parece ser o mais provável a ocupar essa posição.

Mohammed Sinwar, nascido em Khan Younis em 1975, é parte de uma família palestina que fugiu da área de Ashkelon durante a Guerra da Independência de Israel em 1948. Educado nas escolas administradas pela UNRWA, Mohammed seguiu os passos de seu irmão Yahya, ingressando no Hamas ainda jovem, durante a Primeira Intifada, que durou até 1993. Desde então, ele teve uma ascensão dentro da organização, principalmente na ala militar, onde desempenhou um papel significativo no planejamento de diversos ataques suicidas na década de 1990, que resultaram em numerosas mortes de civis israelenses.

Durante sua trajetória no Hamas, Mohammed foi preso por Israel, passando nove meses sob custódia antes de ser detido pela Autoridade Palestina (AP) em Ramallah, de onde conseguiu escapar em 2000. Ele rapidamente se destacou nas “Brigadas Mártires Izz ad-Din al-Qassam”, a ala militar do Hamas, e em 2005 assumiu o comando da região de Khan Younis. Sua proximidade com Mohammed Deif, o líder supremo das brigadas, e Marwan Issa, vice-líder, consolidou sua posição no grupo. Nos anos seguintes, Sinwar sobreviveu a pelo menos seis tentativas de assassinato pelas forças israelenses.

A história de Mohammed Sinwar está fortemente entrelaçada com a de seu irmão. Ele desempenhou um papel central no sequestro do soldado israelense Gilad Shalit em 2006, mantendo-o em cativeiro até 2011, quando uma troca de prisioneiros resultou na libertação de mais de 1.000 terroristas palestinos, incluindo Yahya Sinwar, que foi libertado e rapidamente ascendeu ao comando do Hamas em Gaza. Durante o tempo de Yahya no poder, Mohammed permaneceu como uma figura-chave nas operações militares da organização.

Nos últimos anos, Mohammed tem sido o principal comandante do Hamas no sul da Faixa de Gaza, responsável pela logística e coordenação das operações de combate. Ele foi apontado como um dos arquitetos do ataque devastador de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de dezenas de israelenses. Além disso, Mohammed é responsável pela construção de uma extensa rede de túneis, incluindo o maior túnel descoberto por Israel, que chegava próximo à passagem de fronteira de Erez.

Mohammed Sinwar também tem cultivado laços estreitos com o Irã e o Hezbollah, o que poderá ser um fator crucial para o futuro da organização caso ele assuma a liderança do Hamas em Gaza. Essas conexões reforçam sua importância estratégica no cenário militar e político da região, especialmente após a morte de Mohammed Deif e Marwan Issa durante a Guerra de Gaza. Embora ainda haja outros nomes dentro do Hamas que podem disputar a liderança, Mohammed Sinwar, com sua longa trajetória de envolvimento no terrorismo e sua experiência militar, é o mais provável sucessor de Yahya, garantindo a continuidade da ideologia e das operações do grupo na região.

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