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Homem biológico se qualifica para competir no levantamento de peso feminino

Ativista dos direitos das mulheres nos esportes critica fortemente a decisão das Olimpíadas.

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Levantamento de peso
Levantamento de peso (Foto: Direitos Reservados/Deposiphotos)

Laurel Hubbard, um homem biológico da Nova Zelândia, identificado como trans, de 43 anos, se qualificou para competir no levantamento de peso feminino nos Jogos Olímpicos de Verão em Tóquio, Japão.

É a primeira vez que um atleta transidentificado se classifica para uma vaga na equipe de levantamento de peso no país para competir nos Jogos Olímpicos, segundo vários relatórios.

Em um comunicado, Hubbard agradeceu o apoio de vários neozelandeses.

De acordo com Kereyn Smith, CEO do Comitê Olímpico da Nova Zelândia, disse que a atleta atendeu todos os requisitos de elegibilidade, inclusive os da Declaração de Consenso para competidores transgêneros.

“Reconhecemos que a identidade de gênero no esporte é uma questão altamente sensível e complexa que exige um equilíbrio entre os direitos humanos e a justiça no campo do jogo”, afirmou Smith.

E acrescentou que a equipe da Nova Zelândia tem forte cultura de respeito e inclusão, e vão apoiar todos os atletas qualificados garantindo seu bem estar físico e mental, enquanto se preparam para competir nos Jogos Olímpicos.

O direito das mulheres nos esportes

Hubbard ganhou medalha de ouro nos Jogos do Pacífico em 2019, vencendo duas mulheres de Samoa, levantando 268 quilos, 7 quilos a mais da vencedora da medalha de prata, e 13 quilos a mais da de bronze.

A fundadora da Save Women’s Sports e ativista pela preservação dos esportes, Beth Stelzer, também levantadora de peso, disse na última segunda-feira ao The Christian Post que o que as Olimpíadas estão fazendo é vergonhoso.

“Um homem não pode se tornar uma mulher diminuindo sua testosterona. As mulheres não são um nível de hormônio. Identidades não praticam esportes; corpos praticam esportes. Os direitos das mulheres não devem terminar onde os sentimentos de alguns homens começam”, afirmou Stelzer.

Para ela, é uma “tragédia” ter homens no pódio das mulheres nas Olimpíadas.

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