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EUA prepara sanções contra Rússia por interferência nas eleições
Relatório de inteligência diz que China tinha interesse na vitória de Biden.
Washington prepara sanções contra a Rússia, que deverão ser anunciadas na próxima semana, por suposta interferência nas eleições presidenciais 2020, nos Estados Unidos.
A informação foi compartilhada pela CNN, que apontou que também poderá haver sanções contra Irã, China e outros países, de acordo com relatório que citou três funcionários anônimos do Departamento de Estado dos EUA.
Um funcionário do governo também disse à agência de notícias Reuters que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “deixou claro” que seriam tomadas medidas sobre a interferência eleitoral.
De acordo com o funcionário dos EUA, a Casa Branca pretende aplicar medidas contra o governo de Vladimir Putin por um ataque contra o líder da oposição no país, Alexei Navalny, e sua prisão.
Relatórios de inteligência teriam encontrado amplos esforços por parte de Moscou e de Teerã para moldar o resultado da disputa, embora cada um tinha interesses em candidatos opostos, segundo o relatório, mas não há nenhuma evidência de que houve mudança de votos ou interferência no processo eleitoral.
O relatório foi divulgado pelo Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional e representa a avaliação mais detalhada da gama de ameaças estrangeiras às eleições de 2020.
Houve, segundo o relatório, esforços do Irã para minar a confiança na votação e prejudicar as perspectivas de reeleição de Donald Trump, bem como as operações de Moscou que dependiam dos aliados de Trump para difamar Biden, o eventual vencedor.
Curiosamente, o relatório aponta que Pequim, que preferia a presidência de Joe Biden, não teria interferido em nenhum dos lados e “considerou, mas não desdobrou” operações de influência destinadas a afetar o resultado, apesar da covid-19.
As principais ameaças teriam vindo da Rússia e do Irã, embora com diferentes intenções e por meios diferentes, de acordo com funcionários da inteligência.
A Rússia, disse o relatório, procurou minar a candidatura de Biden porque o via como contrário aos interesses de Moscou, embora tenha tomado algumas medidas para se preparar para um governo democrata à medida que a eleição se aproximava.
O relatório também diz que o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou operações de influência com o objetivo de denegrir Biden, fortalecer Trump, minar a confiança nas eleições e exacerbar as divisões sociais nos EUA.
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