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EUA avaliam classificar algumas ONGs como “antissemitas”

Organizações estariam por trás de movimentos de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel.

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Judeus oram em meio à pandemia de coronavírus. (Reprodução/Reuters)

O governo dos Estados Unidos está avaliando classificar vários grupos que atuam como sendo de direitos humanos como antissemitas, informou o presidente Donald Trump na quarta-feira (21). Entre as organizações não governamentais (ONGs), estão Amnistia Internacional, Human Rights Watch e Oxfam.

Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, estaria pressionando a favor da declaração e que poderá causar sanções para os grupos em questão. A classificação das ONGs como antissemitas também deverá gerar uma batalha judicial.

A declaração seria formalizada a partir de um relatório do escritório de Elan Carr, enviado especial dos EUA para monitorar e combater o antissemitismo, disse Donald Trump. Essas organizações estariam por trás de movimentos de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel.

O impacto da declaração poderia afetar as doações recebidas por estes grupos, já que a credibilidade seria fortemente abalada. Além disso, algumas filias destas ONGs recebem investimentos do governo dos EUA no exterior, o que poderá ser revisto.

Todos os grupos citados estão envolvidos em críticas contra a soberania de Israel, incluindo ataques contra os assentamentos em torno dos palestinos. Outros movimentos favoráveis a Israel alegam que essas organizações estejam promovendo boicotes como forma de preconceito contra o povo judeu.

Segundo informou a CBN News, o embaixador israelense nas Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, condenou a Amnistia Internacional por causa de um relatório que apelava a sites como o Airbnb para boicotar ofertas israelenses em comunidades de assentamentos na Cisjordânia.

“A Anistia Internacional, aquela organização hipócrita que fala em nome dos direitos humanos, está agindo para promover um boicote aos israelenses como parte de uma campanha de deslegitimação anti-semita”, disse Erdan.

O governo israelense expulsou, no ano passado, Omar Shakir do país, diretor da Human Rights Watch. Ele estaria apoiando o boicote contra o país. Todas as três organizações rejeitam as alegações de que são antissemitas.

“Contestamos vigorosamente qualquer alegação de anti-semitismo e esperamos enfrentar os ataques do Departamento de Estado na íntegra”, disse ao Politico Bob Goodfellow, diretor executivo interino da Amnistia Internacional dos EUA.

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