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estudos bíblicos

O que a Bíblia diz sobre planejamento familiar?

Conceito geral de planejamento familiar.

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Família reunida. (Foto: Envato / choreograph)

Os judeus valorizavam muito a família, e, portanto, o nascimento de uma criança era motivo de festa.

Numa família numerosa, como a de Jacó, por exemplo, havia muitas comemorações festivas.

Os filhos eram considerados bênçãos (Sl 127.3-5). Portanto o nascimento de uma criança era recebido com muito gozo.

Sob a perspectiva da Ética Cristã, que podemos nós dizer sobre criação de filhos e planejamento familiar?

Conceito geral de planejamento familiar

O comentarista da Lição, Dr. Douglas Baptista, toma as expressões “controle de natalidade” e “planejamento familiar” em acepções rigorosamente diferentes, sendo a primeira uma referência ao controle estatal sobre a quantidade de filhos gerados numa família e a segunda uma referência ao planejamento livre e voluntário do próprio casal, decidindo sem interferências do governo sobre quantos filhos terão.

Segundo Baptista, as razões apresentadas por alguns governos para o controle de natalidade são “erradicar os níveis de pobreza, bem como alternativa para a preservação e o melhor uso dos recursos naturais” [1]. Ainda segundo este escritor, nos países em que há políticas de controle demográfico, “por ordem do Estado, o número de filhos é limitado à revelia da vontade dos pais. Para esse fim, são utilizados métodos contraceptivos e até esterilização permanente. Em países totalitários ocorrem denúncias de uso do aborto e até do infanticídio como soluções para o controle de natalidade”.

Ressaltamos que, por uma perspectiva cristã, qualquer forma de controle de natalidade, seja estatal ou voluntária, que se utilize de métodos abortivos, deve ser reprovado pelos cristãos, já que a partir do momento da concepção, o embrião é uma pessoa em crescimento feita à imagem de Deus (Gn 1.26,27; 9.6; Ex 20.13). Por isso, como diz Hank Hanegraaff, “a ‘pílula do aborto’ nunca deve ser usada! De igual modo, a ‘pílula do dia seguinte’” [2]. Tais procedimentos atentam contra a soberania de Deus, o Criador, e contra o princípio universal da inviolabilidade da vida!

Nenhuma mãe ou nenhum pai deveria ser punido legalmente por gerar filhos ou ser forçado a dar cabo da vida da criança ainda no ventre da mãe apenas para submeter-se ao rígido controle de um governo que quer evitar a superpopulação. Os faraós ou Herodes de hoje que ordenam a matança das crianças, utilizado para isso a força do Estado (Ex 1.15-16; Mt 2.16), certamente haverão de prestar contas diante do grande trono de Deus!

Quanto ao uso de métodos contraceptivos naturais ou mesmo artificiais para o planejamento familiar, destaca Douglas Baptista: “as Assembleias de Deus preferem o método natural, mas não se opõem ao uso de métodos artificiais, de que não sejam abortivos” [3]. Creio que cristãos evangélicos das diversas matizes denominacionais concordam com este posicionamento.

Assim, portanto, o uso de anticoncepcionais para impedir a concepção não se constitui algo imoral ou pecaminoso, desde que seja para fins de planejamento familiar, não para matar uma criança que se sabe já ter sido gerada ou para protelar infinitamente a geração de filhos, por questões de medo ou egoísmo.

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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