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estudos bíblicos

Entenda a função social dos sacerdotes

Estudo bíblico sobre as funções sociais dos sacerdotes: clínicas, sanitárias e jurídicas.

em

Sacerdotes do Instituto do Templo (Instituto do Templo)

Funções sanitaristas

A palavra lepra (hb. tsara’at) abrange também pestilências que apareciam nas roupas ou nas casas. Nas roupas, a lepra provavelmente tratava-se não de doença, óbvio, mas de um fungo, mofo ou bolor; nas casas, era provavelmente uma forma de caruncho na madeira ou líquen contagioso na pedra.

Lepra nas roupas

Se a roupa tivesse manchas esverdeadas ou avermelhadas, o sacerdote tinha de retirar a peça por sete dias (Lv 13.47-59). Se a praga tivesse se espalhado, era leprosa. O artigo de vestuário tinha de ser queimado. Lepra roedora (v. 52) é “lepra maligna” (ARA) e, portanto, contagiosa.

Se a praga não tivesse se espalhado, a peça de roupa seria lavada e guardada por mais sete dias. Se não tivesse mudado de aparência, ou seja, cor, as áreas infectadas seriam queimadas. Se a praga tivesse se espalhado, a peça de roupa tinha de ser queimada. Se com a lavagem da roupa, a praga desaparecesse, a roupa era lavada de novo e declarada limpa (v. 58).

Uma alusão neotestamentária à lepra contagiosa, numa conotação espiritual, encontra-se em Judas 1.22,23:

 “Tenham compaixão daqueles que duvidam; a outros, salvem-nos, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne“.

Ou seja, busquemos os pecadores, mas reprovemos até o menor vestígio de pecado, cuidando para que nós mesmos não venhamos ser infectados com a doença que procuramos curar.

David Wheaton interpreta: Roupa sugere o efeito contaminador do pecado deles. Como o leproso cuja roupa ficava contaminada pela doença (Lv 13.34; 14.8), eles precisam ser considerados fonte de contamina e, por isso evitados” [4].

Lepra nas casas

Se houvesse dúvida quanto a ser lepra ou não nas casas, todas as mobílias deviam ser retiradas imediatamente da casa, para que não ficassem contaminadas e tivessem de ser destruídas. Riscas de cor verde ou vermelha seriam as marcas indicadoras de lepra.

Se estivessem presentes, a casa devia ser fechada por sete dias. Se a praga se espalhasse, as pedras contaminadas teriam de ser removidas para fora da cidade num lugar imundo. A casa seria raspada e as raspas levadas para fora. Então reconstruiriam a casa. Se a praga voltasse, a construção seria declarada imunda, demolida e os destroços levados para um lugar imundo. Todo aquele que entrasse na casa quando estivesse fechada seria imundo até à tarde.

Hoje, claro, estas leis cerimoniais não são mais necessárias. Nenhum religioso precisa ser chamado para averiguar deficiências numa obra de alvenaria. Chama-se o técnico em edificações, o engenheiro ou o pedreiro! Todavia, para a lepra da nossa casa espiritual, podemos contar sempre com o Sumo-Sacerdote, Médico por excelência e Salvador Jesus! O mofo do pecado somente o sangue de Jesus pode tirar! (1Jo 1.7)

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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