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Entenda a estrutura financeira das religiões

As monoteístas são sustentadas por fiéis, já as politeístas funcionam mediante a pagamento de serviços

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Apesar de toda diferença teológica, as maiores religiões do mundo são mantidas mediante a pagamento, seja de dízimo como em igrejas cristãs, ou por meio de pagamento de taxa de serviço, como acontece no Hinduísmo.

Nas religiões monoteístas – Judaísmo, Cristianismo, Islamismo – isso é,  que requerem a crença exclusiva em um só Deus,  o apoio financeiro vem através de tributos e doações voluntárias de seus membros.

Como consequência, um templo, igreja ou mesquita exerce pressão coletiva e outros tipos de sanções grupais para garantir a ajuda financeira contínua dos fiéis à religião.

Já nas religiões com estrutura privada – tendem a ser politeístas  – ou difusa, por exemplo, o hinduísmo e o budismo que são religiões privadas, os fiéis realizam atos religiosos sozinhos e pagam uma taxa para um monge pelo serviço.

Nestes casos, as atividades religiosas são partes da vida diária e podem ser feitas a qualquer momento do dia. Elas não requerem nem um grupo de fiéis nem a presença dos monges.

Independente do nome que essas doações recebem, os fundos arrecadados são destinados à manutenção do templo, mas em alguns casos a riqueza adquirida acaba sendo concentrada em um só lugar como no caso da Igreja Católica que concentra sua riqueza no clero e no Papado.

Já nas igrejas evangélicas, essa riqueza podem ser acumuladas de pai para filho, como mostra uma reportagem da BBC que comentou que a riqueza do pastor e evangelista Billy Graham, está hoje na mão de seu filho, William Franklin Graham 3º.

Há também organizações que tendem a ser descentralizadas e comunitárias por natureza, como por exemplo, o judaísmo, com as sinagogas locais mantendo a autonomia sobre suas finanças.

Salvação e danação

Ainda de acordo com este estudo da BBC, incentivos espirituais como a danação e a salvação são motivadores eficientes. Por isso, religiões que dão ênfase à crença no inferno são mais propensas a contribuírem para a prosperidade econômica do que as que enfatizam a crença no paraíso.

As religiões que têm foco na crença no paraíso dão mais importância a atividades redistributivas (caridade) para diminuir o tempo das pessoas no inferno e chegar mais perto do paraíso.
Já o incentivo que se baseia na crença no inferno parece mais eficiente para o comportamento econômico, porque motiva os fiéis a trabalhar mais duro para evitar a danação.

Com informações BBC

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