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Em encontro com grupo pró-Palestina, Lula veste lenço com frase: “Jerusalém é nossa”

O presidente Lula (PT) encontrou-se com Khader Othman, representante do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino.

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Lula com representante do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino (Foto: Reprodução/Instagram)

No início de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou-se com representantes de um grupo pró-palestina em Santa Catarina durante sua visita ao estado. Lula estava em Santa Catarina para participar da inauguração da obra rodoviária Contorno Viário da Grande Florianópolis, no dia 9 de agosto, mas também se reuniu com Khader Othman, representante do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino.

Durante o encontro, a organização entregou a Lula uma caixa com presentes de origem palestina, incluindo uma masbaha (rosário muçulmano), uma hata, um keffiyeh (lenço tradicional), uma bandeira da Palestina, camisetas com estampas assinadas pelo cartunista Carlos Latuff, bottons e três cartas. Uma das cartas era do Movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que pede o boicote econômico a Israel e solicitou ao presidente que rompesse relações com o Estado israelense.

O Comitê Catarinense expressou sua gratidão pelo apoio histórico do governo brasileiro à causa palestina e pediu a Lula que ajudasse a salvar o povo palestino do que descrevem como “genocídio brutalmente perpetrado pelo estado sionista de Israel”. O presidente Lula chegou a vestir o keffiyeh recebido, o qual continha a frase em árabe “القدس لنا” (“Jerusalém é nossa”) e a expressão “Nós estamos chegando”.

A ação gerou críticas, especialmente de Hananya Naftali, jornalista e assessor digital do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que considerou o encontro perigoso e vergonhoso, acusando Lula de estar mais preocupado em se reunir com radicais do que em cuidar do futuro do Brasil.

As tensões entre Brasil e Israel têm se intensificado nos últimos meses. Em fevereiro, Israel declarou Lula como “persona non grata” após declarações do presidente sobre a Segunda Guerra Mundial e a situação em Gaza. O governo israelense também convocou o embaixador brasileiro, exigindo um pedido de desculpas que nunca foi feito. Em maio, Lula transferiu o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, para Genebra, em um gesto que, embora não rompa as relações diplomáticas, sinaliza uma deterioração significativa no relacionamento entre os dois países.

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