opinião
É na pandemia que mais precisamos da igreja
Direito Religioso a série: vivendo em tempos de pandemia.
“E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.” (Gálatas 6:9)
Além da perseverança na realização dos cultos das formas mais criativas possíveis, nestes tempos tão difíceis de pandemia, incluindo o investimento em plataformas digitais e redes sociais, muitas vezes tecnologias desconhecidas e distantes da liderança, a Igreja também tem sido perseverante na persecução do bem comum, aquilo que entendemos como vocação social da Igreja.
Para o cristianismo, a cidade dos homens e o corpo físico também é importante. O cristão entende que alma, corpo e espírito estão metafisicamente ligados, desde o momento da concepção e que o mundo sensível ou a criação, não é intrinsecamente mal, mas tornou-se mal como resultado da depravação total em Adão.
O próprio Deus, na pessoa divina do filho, encarnou e esteve em nós na plenitude dos tempos e, através dEle, existe redenção, inclusive para o corpo físico: “Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre (1º Ts, 4. 16-17)”.
Aquele papo “super espiritual”, para não dizer asceta, que a “carne” deve ser abominada, confundindo o uso indevido das vontades e paixões humanas que, daí sim, refletem carnalidade, foi condenado pelo país da Igreja, tais como Irineu de Lion em sua obra Contra as Heresias, bem como Agostinho de Hipona na obra Contra Manicheos e tantos outros, inclusive os próprios apóstolos condenaram essa ideia de que a carne é intrinsecamente má: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus (1º João 4:2)” e “Pois tudo o que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças (1 Tm 4:4)”.
Assim, a fé cristã, além da natural transcendência, também se preocupa com a imanência, aliás, nos dois mandamentos que resumem toda a lei e os profetas, percebemos a transcendência no primeiro e a imanência no segundo, veja: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas (Mateus 22:37-40)”.
Logo, a preocupação da igreja com o carente e com a cidade é bíblica e sempre foi uma prática comum entre os cristãos, desde a igreja primitiva. Não deixam de ser fruto da confissão de fé e também foram alcançadas pelo processo de novas ideias: a Igreja não parou. Na verdade, ela triplicou seus esforços, conforme comentamos em um bate – papo com a jornalista Madeleine Lacsko:
Igreja e cidadania
A explicação para isso é muito antiga e simples: Cristo deixou para nós um modelo de vida, que está registrado na Bíblia Sagrada, que é a regra de conduta e fé da Igreja. Dentre essas diretrizes, confirmadas pelos Apóstolos, está a ajuda ao próximo: quer ele faça parte da mesma comunidade de fé, quer não.
É por isso que a Igreja é uma promotora de dignidade da pessoa humana, quiçá, a maior de todas. Além dos seus esforços em ajudar aqueles que ficaram sem emprego e renda no período da pandemia, é, também, um agente no processo restaurativo daquele que comete um crime, fato este reconhecido no Estado Democrático de Direito brasileiro, na figura da assistência religiosa, prevista no artigo 5º, VII da Constituição. A religiosidade dá ao homem dignidade, a partir do momento que prega que fomos criados a imagem e semelhança de Deus.
A missão da Bíblia em tempos de pandemia na saúde e ataque às liberdades fundamentais
Ademais, com a pregação religiosa e a anunciação da redenção, vemos o espalhar de esperança aos homens: e é por isso que a pauta do sentimento religioso precisa ser visualizada em sua amplitude, uma vez que, a exemplo do Cristianismo, a religião responde as principais perguntas do ser humano, desde o “quem eu sou?” até o “qual o meu fim supremo e principal?”.
De fato, antes da primeira vinda de Cristo, os homens já buscavam responder a essas perguntas. Não é à toa que são temas recorrentes no debate filosófico, e em uma Pandemia, crescem mais do que fogo na mata seca: grandes fatalidades nos fazem refletir sobre a nossa existência, nossa vocação e como encaramos a morte.
Para isso, também pensamos em um bate-papo sobre Dignidade Humana, com Dr. Jonas Madureira:
Até o próximo texto de nossa série, vivendo em tempos de pandemia!
-
mundo3 dias atrás
Ideologia de Gênero: Biden assina ordem LGBT e fala em banheiro para crianças
-
mundo4 dias atrás
Biden rompe com aliança mundial contra o aborto com o Brasil
-
igreja perseguida5 dias atrás
Pastor diz para a Igreja se preparar para aumento da perseguição sob Biden
-
arqueologia bíblica5 dias atrás
Arqueólogos encontram “Cristo, nascido de Maria” inscrito em antigo vale
-
mundo3 dias atrás
Formulário da Casa Branca exige que os usuários declarem seus pronomes
-
igreja perseguida4 dias atrás
Pastor diz que em breve cristãos podem ser banidos das redes sociais
-
mundo3 dias atrás
Diplomacia dos EUA está autorizada a usar bandeira LGBT em escritórios
-
ciência & tecnologia4 dias atrás
Ivermectina pode reduzir a chance de mortes de covid-19 em até 75%
-
mundo5 dias atrás
No discurso de despedida, Trump exorta os americanos a orar pelo país
-
brasil5 dias atrás
Eustáquio diz que foi agredido por agentes penitenciários
-
igreja perseguida4 dias atrás
Irã diz a ONU que não persegue cristãos e que evangélicos são “grupos inimigos”
-
igreja4 dias atrás
Pastor repõe vídeo pedindo perdão por “profetizar” vitória de Trump