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igreja perseguida

Documentário que acusa evangélicos de transfobia é exibido em festival na Suíça

O festival aconteceu entre 15 e 25 de abril.

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Toda noite estarei lá
Toda noite estarei lá (Foto: Divulgação/Internet)

Um trans, identificado como Mel Rosário, que afirma ter sido expulso de uma igreja evangélica, serviu de inspiração para o curta-metragem “Toda Noite Estarei Lá” (2017), com a direção de Tiago Moulin, exibido em festival na Suíça.

Rosário conta que ia a uma igreja evangélica em Vitória, no Espírito Santo, e que foi banido por não aceitar as sugestões de se vestir como homem, mudar o visual e cortar os cabelos, acusando os evangélicos de “transfobia”.

Ele então decidiu ir na porta do templo todos os dias de culto para perturbar os participantes segurando cartazes com mensagens inspiradas na Bíblia, afirmando ter sido vítima de violência física.

De acordo com A Gazeta, a repercussão dessa história inspirou os cineastas Tati Franklin e Suellen Vasconcellos a assinarem a versão longa-metragem junto com o produtor original do documentário, Moulin.

O documentário foi selecionado para ser transmitido no festival Visions du Réel, que foi realizado entre os dias 15 a 25 de abril na Suíça, um dos mais importantes eventos do gênero documental no continente.

No filme, Rosário irá aparecer como vítima de transfobia, que não pôde realizar o seu sonho de ser uma vendedora de carros por causa da sua aparência, e consequentemente teve que trabalhar em um salão de beleza.

“Alguns membros querem que ela corte o cabelo e se vista como homem. Mel não desiste de lutar, pois deseja ‘abrir uma porta’, ou seja, levantar um debate sobre o poder político da Igreja, lutando contra a transfobia e a favor da aceitação. Além disso, tem o direito de expressar a sua religiosidade”, afirmou Moulin.

O diretor e produtor do documentário revelou que é casado com uma mulher evangélica e que um dos seus objetivos é que suas filhas cresçam entendendo o que é religião, transfobia e homofobia, além de retratar o Brasil na década de 2020 e as lutas das minorias por aceitação.

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