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Depois de insinuar morte de Bolsonaro, Boulos é intimado pela PF

Socialista responderá com base na Lei de Segurança Nacional.

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Guilherme Boulos
Guilherme Boulos (Foto: Andre Penner/AP)

O ex-candidato a prefeito da cidade de São Paulo e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), foi intimado pela Polícia Federal a depor sobre um comentário feito em seu perfil do Twitter em abril de 2020.

Na tarde da próxima quinta-feira (29), Boulos deve comparecer à sede da superintendência da PF em São Paulo para responder ao inquérito que foi aberto com base na Lei de Segurança Nacional (LSN).

O tuíte do político foi para responder ao presidente Jair Bolsonaro um dia depois do ato em frente ao Quartel General do Exército que protestava contra o STF.

No momento, Bolsonaro afirmou:  “O pessoal geralmente conspira ‘pra’ chegar ‘no’ poder. Eu já estou no poder. Eu já sou o presidente da República”. A declaração fez referência a frase “O Estado sou eu” do rei Luís XIV que governou a França entre 1643 e 1715.

Para retrucar a frase dele, Boulos usou a referência histórica e escreveu: “Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina”.

Quem levou essa questão para o Ministério da Justiça foi o deputado José Medeiros (Podemos – MT), que argumentou crime contra a segurança nacional do mesmo jeito que fez com o jornalista Ricardo Noblat sobre uma postagem em rede social.

André Mendonça, chefe do MJSP na época, pediu à PF que abrisse um inquérito com base na LSN para investigar a publicação.

Boulos comentou ao Estadão que o inquérito é uma vergonha e que “demonstra a escalada autoritária e o desespero desse governo de não aceitar a oposição e a diversidade”, e acrescentou que a LSN está sendo usada para calar as pessoas da oposição.

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