Cristãos rohingya são hostilizados em campos de refugiados

Segundo a organização Portas Abertas, cristãos da tribo rohingya foram obrigados a buscar abrigo no campo de refugiados em Bangladesh, no ano de 2017, compelidos pelos militares de Mianmar, e permanecem até hoje nesses locais, enfrentando uma vida difícil, sem segurança e lutando por sua fé em Jesus Cristo.

Eles enfrentam perseguição e intolerância religiosa, principalmente por parte dos muçulmanos que são compostos pela maioria na tribo rohingya. Os cristãos convertidos da tribo sofrem assédios constantes por parte de outros refugiados, autoridades locais e grupos islâmicos radicais como o Arakan Rohingya Salvation Army (ARSA).

Cox Bazar é uma cidade que fica no sudoeste de Bangladesh, lá está concentrado o maior campo de refugiados do mundo, Kutupalong abriga dois mil cristãos, eles compartilham a área com mais de um milhão de mulçumanos.

O cristão Sailful está entre os refugiados dessa área, ele disse ao site de notícias Church Militant que todos vivem juntos lá há muitos anos, porém o ARSA ataca os campos quase todos os dias, principalmente durante os cultos de domingo, mostrando discriminação por parte dos rohingya mulçumanos.

Três cristãos que foram sequestrados em janeiro durante um ataque, dois deles permanecem desaparecidos, e a comunidade toda enfrenta o pavor de ataques iminentes. Uma menina de 14 anos capturada pelo ARSA foi obrigada a se casar com um dos militantes.

Peter conta que a ONU prometeu construir um campo separado para eles, já que depois do ataque inúmeras famílias cristãs foram obrigadas a se mudarem para outro campo que é administrado pela organização, mas mesmo assim os ataques continuaram.

Depois do ciclone Amphan e a covid-19 houve maior desproteção para os cristãos no país. Muitos são obrigados a voltar para o islã e receber ajuda do governo, caso contrário permanecem na mesma situação.

A Portas Abertas tem assistido essas famílias cristãs, e recebem doações de todo o mundo. Ore pelos cristãos de Bangladesh!