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Cristão é condenado a prisão perpétua por “blasfemar” de Maomé
Zafar Bhatti, foi condenado pela primeira vez em 2017, com provas falsificadas.
Apesar de evidências manipuladas, um tribunal do Paquistão, em Rawalpindi, manteve a sua sentença de prisão perpétua a Zafar Batthi, um cristão de 56 anos, acusado de enviar mensagens de texto com blasfêmias ao profeta do Islã.
Na última terça-feira (22), um juiz de sessões adicionais do distrito de Rawalpindi manteve a condenação de 25 anos, proferida em 3 de maio de 2017, contra Bhatti, de acordo com a Seção 295-C das leis de blasfêmia do Paquistão.
Enquanto isso, o cristão continua a negar a acusação. Seu advogado, Tahir Bashir, afirmou que as novas evidências apresentadas de novo pela promotoria não conseguem ligar Bhatti diretamente a suposta ofensa.
O reclamante do caso, Ibrar Ahmed Khan, entrou com um requerimento no Tribunal Superior de Lahore (LHC) para tentar converter a sentença de prisão perpétua, que é de 25 anos no Paquistão, para sentença de morte.
A punição obrigatória sob a Seção 295-C é a morte, porém o juiz não ficou satisfeito com as provas apresentadas para incriminar Bhatti e o sentenciou à prisão perpétua durante o julgamento inicial, segundo o advogado.
Acusado com provas falsificadas
“A polícia então pediu autorização ao juiz e fabricou um novo CD contendo amostras de áudio de Bhatti das gravações que foram feitas na presença de um magistrado durante o julgamento em 2017”, disse ele.
Bahir também disse que em 15 de abril, o juiz Sadaqat Ali Khan do LHC Rawalpindi enviou o caso para o juiz de sessões adicionais, Sahibzada Naqeeb Sultan, para concluir examinar o caso com “novas evidências” em dois meses.
Ele também entrou em 2017 com um recurso contra a condenação de Bhatti, que foi adiado várias vezes, porém em um único requerimento do reclamante, o LHC ordenou o reexame das evidências.
“É muito lamentável que pessoas inocentes sejam obrigadas a sofrer na prisão e seus recursos continuem pendentes nos tribunais superiores por anos”, disse Bahir.
As autoridades da igreja e grupos de direitos humanos dizem que as acusações de blasfêmias no Paquistão são usadas frequentemente para acertar contas pessoais, além de perseguir as minorias religiosas, de acordo com o Morning Star.
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