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opinião

A crise do analfabetismo bíblico

 “Jesus respondeu-lhes: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus.” Mc 12:24

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Que estamos testemunhando uma crise de desconhecimento Bíblico sem precedentes na história moderna não há dúvida alguma. Basta observar no que os vários televangelistas   estão transformando o puro e genuíno Evangelho. É de arrepiar.

O termo “Analfabetismo Bíblico” está diretamente relacionado ao desconhecimento das Santas Escrituras, não à capacidade intelectual do indivíduo.

Analfabetismo Bíblico também deve ser considerado  falta de experiência, interpretação e uma vida de acordo com os Santos ensinos. Bem como seu crescimento em conhecimento e graça diante do Senhor, como disse o apóstolo Pedro em 2 Pedro 3.18.

“Vós, pois, caríssimos, advertidos de antemão, tomai cuidado para que não caiais da vossa firmeza, levados pelo erro destes homens ímpios. Mas crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele a glória agora e eternamente.”

Nunca tivemos na língua portuguesa tantas opções de versões Bíblicas, mas o resultado disto se torna inversamente proporcional àqueles que procuram se aprofundar e se esmerar no conhecimento das Sagradas letras.

Destacando-se as devidas exceções, e graças a Deus por elas, uma grande parte dos crentes demonstram desconhecimento das questões basilares da Bíblia. Muitos a respeitam, outros usam-na como amuletos dentro de carros, em cima de uma mesa em casa, aberta em algum capítulo que atribuem significado místico, e há aqueles que até a reverenciam, mas não a lêem.

Uma pesquisa séria realizada pela Barna Research Group avaliou que na América do Norte 60% dos cristãos não são capazes de mencionar ao menos cinco dos dez mandamentos. Talvez seja exatamente por isso que não conseguem colocar em prática estas mesmas ordenanças, pois não as conhecem. Esta mesma pesquisa destacou que 12% criam que, pasmem, Joana D’Arc era a esposa de Noé. 50% acreditavam que Sodoma e Gomorra eram marido e mulher.

Um assombroso número de evangélicos americanos atribuíram a Billy Graham a autoria do “Sermão do Monte”.  Outros não são capazes de citar ao menos os nomes de cinco dos apóstolos de Jesus e nem de identificar qual livro é do Antigo ou Novo Testamento, é lamentável.

Recentemente, em uma seleção de candidatos ao pastorado de uma certa denominação histórica, foi solicitado que um deles abrisse a Bíblia no livro de Sofonias. O presbítero, sem pestanejar, disse: “- O livro solicitado era um texto apócrifo e só seria encontrado na versão da Igreja Católica.

Este é o contexto que estamos vivendo. Analfabetismo Bíblico em todos os níveis eclesiásticos.

Outro grave erro que ocorre pelo desconhecimento Bíblico é atribuir algumas frases populares como sendo oriundas da Palavra de Deus, tais como:

“- Deus ajuda a quem se ajuda.”

“- Faça por ti que te ajudarei.”

Outra frase bem conhecida, que era vastamente proferida na passagem do milênio:

“- Em mil chegará, mas de dois mil não passará.” Tudo isso seria cômico se não fosse trágico.

Estas igrejas cujos líderes são analfabetos Bíblicos tornar-se-ão incubadoras de cristãos doutrinariamente marginalizados e permeáveis a qualquer tipo de heresia e ensinamento distorcido, Tal é o líder, tal será o povo.

Oséias 4.9 claramente diz:

“Por isso, como é o povo, assim será o sacerdote; e castigá-lo-ei segundo os seus caminhos, e dar-lhe-ei a recompensa das suas obras.”

Podemos citar também a negligência por parte de algumas lideranças com respeito ao ensino Bíblico. Estão substituindo as Escolas Bíblicas, cultos de doutrina e exposição das Santas Escrituras por aquilo que “funciona”, as igrejas estão se transformando em pragmáticos (aquilo que funciona, que dá resultado) centros de entretenimento.

O tempo principal, de primazia, que deveria ser da Palavra, está sendo substituído por “novas estratégias” que enchem os templos: músicas, teatros, danças, capoeira, discoteca gospel, MMA (é o fim!), etc. Estes líderes devem entender que templo cheio não é sinônimo de aprovação de Deus. Existem muitos ministérios que estão inchados, e inchaço não significa saúde, e sim doença.

O profeta Oséias 4.6 nos diz:

“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” 

Tudo no culto deve ser dirigido pela Palavra de Deus, o Deus Trino deve assumir a centralidade de nossa adoração e de nossas reuniões. É em Sua Santa  Palavra que aprendemos qual é a Sua Santa vontade e como agradaremos Sua Santa Pessoa. O culto cristão não é baseado em quem oferece, mas em quem O recebe.

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” João 5.39

Nossa probabilidade de acertos está atrelada ao quanto da Palavra lemos e absorvemos. Uma excelente solução de cura para Igrejas adoecidas e anêmicas por falta das Santas Escrituras  é o Sermão e ensino expositivos da Bíblia.

Sejamos em todo o tempo saturados e imersos nas Santas Escrituras e seremos livres de todo o engano e manipulação.

“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao SENHOR com graça em vosso coração.” Cl 3.16

“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”
Os 6:3

Graduado em Teologia. Pós-graduado em Teologia Bíblica. Mestre em Sociologia da Religião. Doutorando em Teologia.

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