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Conservadorismo cresce entre os jovens no Reino Unido

Estudos apontam mudança ideológica entre os jovens, que se tornam mais conservadores.

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Marcha pela Vida Reino Unido (Foto: Reprodução/March for Life UK)

A percepção de que as gerações mais novas estão se distanciando dos valores cristãos e adotando ideologias progressistas, como o apoio ao aborto e à agenda LGBTQ+, é amplamente difundida entre cristãos. Entretanto, cresce a evidência de que muitos jovens adultos estão rejeitando essa visão social liberal e abraçando uma abordagem conservadora, com um retorno às raízes do cristianismo tradicional.

De acordo com o Christian Today, Honor Roberts, uma ativista pró-vida de 23 anos, acredita que a adesão de jovens ao conservadorismo é uma resposta aos excessos da “depravação moral” na sociedade atual. Ela afirma que “os homens, em especial, parecem inclinados a valores judaico-cristãos, sentindo-se chamados a proteger a dignidade humana”. Isso reflete uma reação ao que eles consideram os excessos de movimentos progressistas.

Por outro lado, influenciadores como Isabel Brown sustentam que a geração Z pode ser a mais conservadora desde a Segunda Guerra Mundial. Brown, autora do livro The End of the Alphabet: How Gen Z Can Save America, sugere que a Geração Z foi “alienada” e mal compreendida pelas gerações anteriores, mas está resgatando valores mais tradicionais. A análise de Brown é ecoada por acadêmicos, que observam uma “lacuna de gênero”, com homens mais propensos ao conservadorismo e mulheres mais atraídas pelo progressismo.

No Reino Unido, apesar dos estudos apontarem uma tendência liberal entre jovens, alguns dados apontam uma mudança, suficiente para levantar questionamentos sobre uma possível inclinação conservadora dessa geração. A revista New Statesman questionou se a Geração Z é, de fato, a mais conservadora, observando que, embora o conservadorismo puro seja minoritário, ele está crescendo.

Essa busca por valores tradicionais também inclui um retorno à moralidade cristã e à rejeição da chamada “revolução sexual” dos anos 60, com figuras como a jornalista Louise Perry defendendo valores familiares como alternativa ao liberalismo sexual. Jovens como Paul Sapper, da ADF International, compartilham testemunhos de conversão e aderência à ética sexual cristã, criticando o liberalismo como “uma mentira” que não leva à verdadeira liberdade.

O movimento pró-vida também tem visto um rejuvenescimento, com jovens se unindo a marchas e a grupos como Abortion Resistance, liderado por Eden McCourt, e Project Truth. Theo Wilmot, um assistente social convertido ao cristianismo, comenta que a “cultura da internet” tem permitido à Geração Z questionar e desmascarar narrativas liberais com mais profundidade, mostrando abertura às apologéticas pró-vida.

Ainda que o futuro dessas tendências seja incerto, esses jovens conservadores e cristãos tradicionais representam uma crescente parcela que desafia os valores progressistas predominantes e busca reviver os pilares morais e espirituais que fundamentaram gerações anteriores.

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