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estudos bíblicos

Conhecendo os dois livros de Samuel

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 1 do trimestre sobre “O Governo Divino em Mãos Humanas – Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel”.

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Profeta Samuel. (Foto: Reprodução / Record TV)

III. A teologia nos livros de Samuel

1. Profecias cumpridas

Os livros de Samuel registram muitas profecias e seus respectivos cumprimentos, o que demonstra a presença, o governo e a fidelidade do Senhor com sua palavra. Em Samuel, Deus é o Deus que se revela e que intervém na história, quer para abençoar, quer para julgar.

Destacamos a profecia de um profeta anônimo contra a família do sacerdote Eli (1Sm 2) e a predição quanto ao bem-sucedido reino de Davi (2Sm 7). Entretanto, chamo a atenção para as profecias do próprio Samuel, de quem o texto bíblico de modo vibrante declara: “Samuel crescia, e o SENHOR estava com ele e não deixou que nenhuma de suas palavras caísse por terra” (1Sm 3.19). Isso demonstra como o ministério profético de Samuel foi não só inspirado como também aprovado por Deus!

2. Em busca de um rei

A instituição da monarquia será melhor estudada na Lição 5. Portanto, não vamos nos delongar aqui. Dizemos, porém, introdutoriamente, que a grande tragédia do povo de Israel não foi ter pedido um governante político, sob o qual estivessem centralizados os poderes de uma monarquia. Isto já estava previsto no Pentateuco de Moisés, conforme Deutoronômio 17 (especialmente vers. 14).

O querer igualar-se a outras nações pagãs, a desconfiança quanto ao poder de Deus para guiar seu povo nas guerras, e a rejeição à liderança de Samuel é que são o efeito cumulativo que caracteriza a atitude reprovável do povo de Israel ao pedir insistentemente por um rei. O povo queria um rei com destreza militar, pois seria mais cômodo confiar nele do que submeter-se à Deus pela fé obediente para viver suas provisões e vitórias. Queriam confiar na “força” e não no Espírito do Senhor (Zc 4.6); fizeram da carne o seu braço, confiando no homem e não em Deus (Jr 17.5). Saul foi uma resposta de Deus para este povo, demonstrando que não um rei habilidoso na guerra, mas Deus é quem garante vitória ao seu povo!

3. Os alicerces da dinastia davídica

Ao passo em que Saul não deixou herdeiros no trono (seu filho Jônatas morreu na mesma batalha), em Davi vemos uma dinastia ser estabelecida, conforme pacto que Deus fizeram com ele, devido sua fidelidade, apesar de imperfeições.

As palavras do profeta Natã, inspiradas por Deus para Davi, foram: “a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre” (2Sm 7.16). Embora os descendentes de Davi tenham fracassado, e o domínio político tenha sido entregue aos estrangeiros, esta promessa tem seu cumprimento espiritual e terá seu cumprimento literal pleno em Jesus, o filho de Davi, e no povo da nova aliança. Como aponta Eugene Merril,

“por meio da casa real de Davi, no devido tempo, seu maior Filho, Jesus Cristo, se tornou encarnado. Cristo reinou [espiritualmente] com perfeição em sua vida, em sua morte e ressurreição, proveu o modo pelo qual todos os que creem podem reinar com ele e por meio dele (2Sm 7.12-16; Sl 89.36-37; Is 9.7)”. [4]

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