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CNBB inclui LGBTs em texto base da Campanha da Fraternidade 2021

Organização católica usa termos progressistas em evento anual.

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CNBB
Ilustração Campanah da Fraternidade da CNBB (Foto: Reprodução/CNBB)

A Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) decidiu incluir no texto-base da Campanha da Fraternidade 2021 o movimento LGBT, além de “questões de gênero”. A organização católica decidiu incluir pautas progressistas na campanha anual.

O texto-base deste ano, na página 33, item 68, usa termos como “discurso de ódio”, “fundamentalismo religioso”, “vozes contra o reconhecimento dos direitos”, além de um trecho dedicado exclusivamente a agenda LGBT. A CNBB também utiliza dados do “Grupo Gay da Bahia” para falar sobre homicídios de homossexuais no Brasil.

De acordo com o texto, “estes homicídios são efeitos do discurso de ódio, do fundamentalismo religioso, de vozes contra o reconhecimento dos direitos das populações LGBTQI+ e de outros grupos perseguidos e vulneráveis.”

Trecho do texto-base da CF 2021

“Além disso, é importante salientar que as relações sociais de classe, de gênero, de raça, de etnia estão historicamente interligadas.

  1. Outro grupo social que sofre as consequências da política estruturada na violência e na criação de inimigos, é a população LGBTQI+. O já citado Atlas da Violência de 2020, mostra que o número de denúncias de violências sofridas pela população LGBTQl+ registradas no Dique 100 no ano de 2018 foi de 1685 casos.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia apresentados no Atlas da Violência 2020, no ano de 2018, 420 pessoas LGBTQI+ foram assassinadas, destas 210, 64 eram pessoas trans. Percebe-se que em 2011 foram registrados 5 homicídios de pessoas LGBTQl+.

Seis anos depois, em 2017, este número aumentou para 193 casos. O aumento no número de homicídio de pessoas LGBTQI+, entre 2016 e 2017, foi de 127%.

Estes homicídios são efeitos do discurso de ódio, do fundamentalismo religioso, de vozes contra o reconhecimento dos direitos das populações LGBTQI+ e de outros grupos perseguidos e vulneráveis.”

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