igreja perseguida

China persiste em plano para mudar Cristianismo em todo o mundo

Igrejas na China estão sendo transformadas em centros de doutrinação ideológica do comunismo de Xi Jinping.

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Ditador chinês Xi Jinping (Foto: Li Xueren/AP)

O governo chinês está promovendo uma versão “sinicizada” do cristianismo protestante, adotando a ideologia do Partido Comunista Chinês (PCCh). As igrejas “Três Autos” (Three-Self Church) estão sendo transformadas em centros de doutrinação ideológica do comunismo de Xi Jinping.

Sendo assim, um evento recente realizado em Jilin, na China, reuniu pastores da região nordeste do país para discutir a promoção desse “cristianismo sinicizado”. Os pastores foram instruídos a resistir a qualquer influência externa e proteger a unidade dos cristãos, rejeitando outras formas de cristianismo e religiões consideradas ilegais pelo PCCh.

Segundo God Reports, o objetivo declarado é transformar essa versão do cristianismo adaptada ao socialismo chinês em uma “grande contribuição” para o cristianismo mundial. O PCCh ambiciona mudar o rosto do cristianismo global, para que a fé esteja mais alinhada com a ideologia comunista e a liderança de Xi Jinping.

No entanto, é questionável se o cristianismo mundial estaria disposto a adotar essa abordagem ideológica. O evento deixou em aberto como essa mudança seria implementada e recebida em outras partes do mundo.

Além disso, o PCCh teme que os cristãos chineses possam ser influenciados por outras vertentes do cristianismo, especialmente aqueles que têm contatos com crentes no exterior, onde a liberdade religiosa é mais ampla.

Nesse sentido, o regime comunista também enfrenta o desafio de muitos cristãos chineses que optam por deixar as igrejas “Três Autos” para se juntar a igrejas não autorizadas ou até mesmo movimentos rotulados como “xie jiao”, termo que o governo usa para rotular grupos religiosos não aprovados.

Por fim, essa tentativa do governo chinês de controlar o cristianismo e adaptá-lo ao comunismo pode gerar preocupações sobre a liberdade religiosa e os direitos humanos, bem como a possibilidade de uma interferência ideológica e política em uma fé profundamente arraigada em princípios religiosos.

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