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Bolsonaro recua e diz que fundão será de R$ 4 bilhões

O presidente reformou que vetará apenas o “excesso” e espera não “apanhar” dos eleitores.

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Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/Presidência da República)

Nesta segunda-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deverá sancionar o fundo eleitoral em R$ 4 bilhões, retirando apenas o “excesso”. A declaração foi feita na saída do Palácio da Alvorada a apoiadores.

O chefe do Executivo justificou que irá vetar apenas o valor extra de 2 bilhões de reais, pois pode ocorrer crime de responsabilidade caso ele proíba o restante.

“Deixar claro uma coisa: vai ser vetado o excesso do que a lei garante, tá? A lei garante quase R$ 4 bilhões de fundo. O extra de R$ 2 bilhões vai ser vetado. Se eu vetar o que está na lei, estou em curso crime de responsabilidade. Espero não apanhar do pessoal como sempre”, afirmou.

O presidente acrescentou que se o pessoal começar a atacá-lo, eles vão ter que escolher na próxima eleição entre o Lula e o Ciro. E que ele recebe as críticas quando tem fundamento.

O Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022 em R$5,7 bilhões, aumentando os recursos do Fundo Eleitoral que antes eram de 2 bilhões de reais.

Na semana passada, Bolsonaro disse que iria vetar o fundo, porém salientou que a última palavra é do Congresso, que poderá manter ou acabar com o veto.

O vice-presidente da Câmara, o deputado Marcelo Ramos, informou na última terça-feira que o presidente queria fazer um acordo para dobrar o valor do fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhões para R$ 4 bilhões, reajustado acima da inflação.

“No ano retrasado, eu sancionei algo parecido, mas levando-se em conta a inflação do período. Eu não tinha como vetar. Alguns queriam que eu vetasse mesmo assim. Se eu vetar, eu incurso no artigo 85 da Constituição, que fala dos crimes de responsabilidade”, disse o mandatário.

No entanto, a informação de que poderia sofrer processo de impeachment foi desmentida pelo deputado federal Marcel Van Hattem (NOVO-RS), que chamou de “conversa fiada” o que disse Bolsonaro sobre o veto do fundão.

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