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Boko Haram ameaça comunidades cristãs e sequestram deslocados

As autoridades nigerianas enfrentam dificuldades para conter a expansão dos extremistas.

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Terrorista do Boko Haram (Foto: Reprodução/YouTube)

Aumenta o número de mulheres e crianças vivendo em campos de deslocados internos na Nigéria devido à violência extrema que os forçou a abandonar suas casas em busca de segurança. No entanto, relatórios recentes indicam que mesmo nos campos, muitos deslocados internos vivem com medo de serem sequestrados por militantes do grupo extremista Boko Haram.

Segundo informações recentes, mais de 200 pessoas foram sequestradas em Gamboru Ngala, uma cidade no estado de Borno, enquanto buscavam lenha. Jo Newhouse (pseudônimo), representante da Portas Abertas na África Subsaariana, expressou profunda preocupação com esse último sequestro em massa, que afetou principalmente mulheres e crianças, e pediu pela libertação imediata das vítimas.

Esse evento traz à memória o sequestro de 275 jovens cristãs em Chibok, também em Borno, refletindo um padrão de ataques e sequestros crescentes na região, com cristãos frequentemente sendo alvos principais.

As autoridades nigerianas enfrentam dificuldades para conter a expansão dos extremistas, falhando em proteger os cidadãos da violência. O aumento da violência no Norte da Nigéria, com ataques frequentes em vilarejos e escolas, reflete a ineficácia das medidas de segurança e a impunidade dos agressores.

Desde 2011, estima-se que mais de 37.500 pessoas tenham sido mortas em ataques do Boko Haram, com a Nigéria classificada em sexto lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024, sendo o país com maior violência contra seguidores de Jesus.

Embora os detalhes específicos das vítimas sequestradas ainda não tenham sido confirmados, é evidente que muitos dos deslocados em Gamboru Ngala são cristãos, forçados a fugir devido ao avanço do Boko Haram na região.

Os sequestradores, durante o último incidente, selecionaram cuidadosamente as vítimas, levando as mulheres mais jovens e liberando aquelas que estavam amamentando ou eram mais velhas. A situação é ainda mais preocupante pelo fato de que, diferentemente de casos anteriores, as vítimas permanecem em cativeiro sem previsão de libertação.

A família do único adolescente cristão confirmado como vítima do sequestro recente está recebendo apoio de parceiros locais da Portas Abertas, enquanto a comunidade internacional continua a pressionar por ações efetivas para conter a violência e garantir a segurança dos cidadãos nigerianos, especialmente das minorias religiosas.

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