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Argentina inclui opção de gênero não-binário em passaporte e RG

O país é o primeiro a adotar a medida na América Latina.

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Alberto Fernández (Foto: Joka Madruga / Agência PT)

A Argentina foi o primeiro país da América Latina a adotar medidas de identidade de gênero em documentação. A partir da última quarta-feira (21), o Documento Nacional de Identidade, nosso RG, ou o passaporte contará com opção não-binária.

Dessa forma, aqueles que não reconhecem seu gênero como sendo masculino ou feminino, poderão marcar outra opção. A medida entrou em vigor por meio de um decreto publicado no Diário Oficial do país.

“Vamos, de pouco a pouco, tornando possível o que parecia impossível, e a cada dia estamos mais perto do ideal, que será quanto todos e todas sejamos ‘todes’, e ninguém se importe com o sexo das pessoas”, disse o presidente argentino Alberto Fernández.

Durante um evento realizado nesta quarta-feira em Buenos Aires, três pessoas já receberam seus primeiros documentos com a nova formatação. As informações virão da seguinte maneira: feminino (F), masculino (M) e não binário (X).

Houve protesto contra a medida

No ato, juntamente com o presidente, havia representantes políticos de diversas organizações sociais, muitos indivíduos estavam presentes para protestar contra a medida, e declararam: “Não somos um X”.

Em contrapartida, Fernandéz defendeu a medida e disse que ela é progressiva, ou seja, é apenas o começo.

“É um avanço, não deveríamos negar isso. É um passo que estamos dando, espero que termine o dia que a DNI (sigla para Documento Nacional de Identificação) pergunte a alguém se ela é homem, mulher ou o que seja. Do que importa o Estado saber a orientação sexual dos cidadãos”, defendeu ele.

Países como o Canadá, Austrália e Nova Zelândia já haviam adotado a medida. No entanto, na América Latina o feito é inédito.

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