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Antes de arrumar sua casa para o natal e sair às compras, leia isto

O Natal de Cristo é todo dia, mas eu não posso perder essa chance de arrumar minha casa, me alegrar neste dia e pregar, mais uma vez, a mensagem da salvação.

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Nós, os cristãos, vivemos em um mundo secular. E o que na prática isto significa? Significa que realizamos coisas na nossa existência das quais não podemos fugir, como comer e beber, estudar, trabalhar, construir, casar. Mas, existem outras tantas que devemos fugir porque são contrárias às Escrituras. A grande questão é; o que fazer e o que não fazer à luz da Palavra.

Uma demanda importante é entender que a Bíblia não traz, uma agenda minuciosa e detalhada do que temos que fazer em todos os casos. E sim diretrizes de comportamento que devemos sabiamente aplicar em nosso dia a dia. “Portanto quando vocês comem ou bebem ou fazem uma outra coisa qualquer, vocês devem fazer tudo para a glória de Deus.” (1Co 10.31)

Outra questão é que o diabo, nosso arquiinimigo, tenta de todas as formas desvirtuar tudo, o tempo todo, com o fim de trazer para ele a glória que é de Cristo. Exemplo, o arco-íris, a música e até a cena do nascimento do Emanuel. É só olhar ao redor e ver os presépios que estão aí. E ele faz isso tudo de forma velada.

Vejam o Natal. Muitos cristãos não se sentem confortáveis de festejarem no natal, o nascimento de Cristo. Uma das razões, segundo estas pessoas, é que isto não está diretamente prescrito na Bíblia. E não está. Mas em contra senso, comemoram o seu próprio aniversário, e quanto a isso também não temos nenhuma recomendação específica nas escrituras. Aliás, somente dois aniversários de ímpios são citados, o de Faraó no êxodo, e o do rei Herodes em Mateus. Inicialmente, esta comemoração era pagã, o bolo com velinhas em cima, parece vir das festas gregas. Assim também como o dia dos pais, das mães, o ano novo…

Outra questão é que, estes que não aceitam o Natal, dizem conhecer por meio de relatos históricos, a origem das festas do dia 25 de dezembro, onde povos comemoravam o dia do “Sol invencível”, fazendo alusão à adoração a um deus sol.

E por ser este dia o mais longo do ano no hemisfério norte, sempre foi disputado pela magia e pelos adoradores idólatras. Mas o fato mais irrefutável é que este título é de Jesus, a Bíblia o chama de Sol nascente das alturas. E mesmo que tenha existido alguma festividade pagã, como tudo neste mundo é, na presença de Cristo isso não se sustenta. A estátua de Baal, de Dagom, ou de qualquer outra continuará se curvando ante a presença do Eterno filho de Deus. Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas.

Se por um lado satanás busca usar todos os dias para sua própria adoração, por outro, esta acaba sendo uma tarefa árdua, visto que tem que ficar inventando sempre novos deuses. Quem se lembra de Saturnália, ou de um deus chamado Tamuz hoje em dia? A cada tempo surgem novos “deuses” e novas formas de paganismos que desafiam o cristão. Devemos nos ater as estas novas formas e fugir delas.

Não penso ser errado comemorar o natal, nem enfeitar a minha casa e fazer uma deliciosa refeição para a minha família. Os que se importam severamente com isso terão que se dobrar ao fato de que Cristo veio em um determinado dia, e neste dia os céus celebraram uma grande festa, pastores foram visitados por milícias de anjos, um verdadeiro exército celestial cantou em honra ao menino, e estes simples homens correram bem a tempo de contemplar a cena do natal, ao vivo e a cores, em tempo real. O curioso é que muita gente ficou sabendo que algo extraordinário ocorreu naquela noite, pois estes mesmos pastores saíram espalhando esta notícia para todo mundo.

Mas, o natal não foi somente naquele dia, o natal se prolongou. Ainda dias depois Simeão foi ao encontro do menino no templo e o festejou também com uma linda oração. “Ó Soberano, agora pode despedir o teu servo em paz! Pois vi com meus próprios olhos a sua salvação.”

Uns tempos depois ainda havia uma estrela excepcional na constelação terrestre, colocada pelo Senhor para que sábios do oriente distante a seguissem. Sim, eles atenderam ao chamado do Deus Pai para irem presentear o seu único filho que se encarnou. Estes homens atravessaram terras, e estiveram com o menino. “E prestem atenção, eles entenderam que ali havia salvação, porque ninguém pode dizer que Jesus é Senhor e o adorar, a não ser pelo Espírito” (1Co 12.3).

Lucas 2 diz, “…E vendo a estrela, a alegria deles foi imensa! Entrando na casa onde estavam o menino e Maria, sua mãe, eles se ajoelharam diante dele, para o adorar. Então abriram seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra.”

O grande problema com o natal está no misticismo, e com o se importar excessivamente com símbolos alegóricos, achando que isto ou aquilo contamina a mensagem do reino. Geralmente, as mesmas igrejas que pregam contra o natal são as que se utilizam de shofás, óleos ungidos, mantos, rosas e copos de água.

Ou outras igrejas acham que a materialidade trazida na árvore, em bolas, ou em arcos são prejudiciais à alma. E se esquecem das palavras de Jesus, “você não se torna impuro com o que entra pela sua boca, mas o que sai da tua boca, isto é o que o torna impuro”.

Sim, devemos ter cuidado e sermos criteriosos com a mensagem mundana do que significa tudo isso. Mas, o Natal significa, a cima de tudo, oportunidade de salvação. A igreja não deve deixar essa boa chance passar. Vejam bem, há um feriado quase mundial onde todo mundo canta e fala que o natal é o dia perfeito para ser feliz! E é, justamente neste dia que a solidão humana fica mais evidente, os males do homem ficam mais constrangedores, a esperança em algo que traga a paz fica mais inflamada, pois todos desejam estar perto de alguém para compartilhar. É o tal do “espírito do natal”.

Em vez de ficar condenando o natal, não é hora da igreja aproveitar e falar de Cristo e sua obra graciosa com os homens?

De gritar e dizer: Não, não se trata disso! A tua solidão, o teu vazio, a tua falta de paz e a ameaça de escuridão eterna têm a ver com Cristo, a luz do mundo, o salvador. De dizer, sim há uma estrela brilhando ainda, Jesus, a verdadeira estrela da manhã. Há um ramo que brotou, a raiz de Jessé e uma árvore que se tornou o madeiro da cruz.

Então, sendo assim o mês de dezembro se mostra desafiador para a Igreja de Cristo. Tanto no combate a tantas heresias e misticismos que surgem no meio dela, quanto ao próprio desafio de mostrar ao mundo quem é Cristo, e o que significa aquele menino deitado na manjedoura.

O Natal de Cristo é todo dia, mas eu não posso perder essa chance de arrumar minha casa, me alegrar neste dia e pregar, mais uma vez, a mensagem da salvação.

Jornalista e escritora, com um livro publicado "Feminilidade Bíblica - Repensando o papel da mulher à luz de cantares", e também escritora de livro didático. Casada com Nelson Ferreira, pastor da IPB, mãe da Acsa e avó da Clarisse. Em breve publicará seu primeiro romance .

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